O vídeo “The Evil Shining on Sunscreen” é uma análise criteriosa que revela os desafios associados aos ingredientes utilizados em protetores solares, expondo preocupações quanto aos seus potenciais riscos à saúde humana e ao meio ambiente. Esses produtos, essenciais para a proteção contra o câncer de pele, agora estão sob escrutínio devido aos compostos químicos que contêm, como oxibenzona, avobenzona e octinoxato, que não apenas incitam receios sobre absorção pela pele e consequente entrada na corrente sanguínea, mas também seu impacto nocivo nos ecossistemas marinhos, particularmente nos recifes de coral.
Potenciais Riscos Associados aos Ingredientes dos Protetores Solares
O vídeo evidencia que substâncias como a oxibenzona, presentes em boa parte dos protetores solares do mercado, têm sido identificadas em níveis detectáveis no sangue humano após aplicação tópica. Estudos toxicológicos sugerem possíveis efeitos disruptivos nos corais, levando ao branqueamento e à deterioração desses ecossistemas, essenciais para a biodiversidade marinha. Além disso, essas substâncias levantam preocupações sobre hormonalismo e outros efeitos adversos à saúde.
Respostas Regulatórias e Industriais
Os fabricantes de protetores solares, com apoio de órgãos reguladores como o FDA e a Comissão Europeia, têm intensificado seus esforços para estudar melhor a segurança desses compostos. Reformulações em produtos são vistas, com algumas regiões como o Havaí e Palau impondo restrições ao uso de oxibenzona e octinoxato. Nos Estados Unidos, desde 2018, o FDA requer mais dados sobre a segurança desses ingredientes para aprovações futuras.
A Evolução do Mercado de Protetores Solares
Este movimento regulatório não só alterou a paisagem legal como também impactou o mercado. Em 2022, o mercado global de protetores solares superou os US$ 13,3 bilhões, com uma clara tendência de crescimento em produtos “reef safe” e alternativas minerais como o dióxido de titânio e óxido de zinco. Notamos também um impulso para embalagens e formulações sustentáveis, que visam atender a uma demanda crescente por produtos mais seguros e ecologicamente corretos. Empresas como Neutrogena e La Roche-Posay já lideram o mercado com inovações minerais, enquanto startups apostam em filtros naturais e biodegradáveis.
Impactos Econômicos e Sociais
A mudança para produtos mais seguros, embora ambientalmente benéfica, também acarreta custos significativos para os fabricantes que precisam reformular suas linhas de produtos. Esse aumento pode refletir nos preços ao consumidor, especialmente para produtos que utilizam filtros físicos minerais em vez de químicos. Além disso, a conscientização dos consumidores sobre os perigos dos químicos impulsiona a avaliação das práticas corporativas, aumentando a pressão para transparência e responsabilidade ambiental.
Tecnologia e Inovação em Filtros Solares
O setor de engenharia química e ambiental está sob desafios e oportunidades para desenvolver novos filtros solares, especialmente os biodegradáveis que possam oferecer a mesma proteção sem os impactos negativos associados aos químicos tradicionais. A pesquisa e desenvolvimento destes novos compostos envolvem complexos estudos de penetração dérmica e avaliações em modelos animais para garantir que sejam eficazes e seguros. A adoção de certificações como “Reef Safe” e normas ISO em testes de eficácia e segurança podem servir como catalisadores para essa evolução.
Reflexão do Time do Blog da Engenharia
- Consideramos essencial a colaboração entre a indústria e instituições acadêmicas para impulsionar a pesquisa sobre alternativas seguras e sustentáveis.
- É fundamental que haja harmonização regulatória global para incentivar a adoção de novas normas e práticas ambientais no setor.
- A educação do consumidor e transparência em rótulos são passos críticos para aumentar a responsabilidade coletiva em prol da sustentabilidade ambiental.
Via: [Interesting Engineering: The Evil Shining on Sunscreen](https://interestingengineering.com/videos/the-evil-shining-on-sunscreen)
