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Avanço na energia solar: células solares com perovskita de estanho ficam mais eficientes

Avanço na energia solar: células solares com perovskita de estanho ficam mais eficientes

Recentemente, a comunidade científica de engenharia foi surpreendida com um avanço significativo nas células solares de perovskita à base de estanho – um desenvolvimento promissor que combina eficiência com sustentabilidade. Esse avanço foi liderado pela Universidade de Queensland, especificamente pelo pesquisador Peng Chen e sua equipe, em colaboração com a empresa australiana Halocell Energy. A nova tecnologia de células solares, livre de chumbo e mais ecológica, alcançou uma eficiência certificada recorde de 16,65%, com uma estabilidade que permanece forte sob iluminação constante por mais de 1.500 horas.

O Salto Tecnológico na Eficiência das Células Solares

A inovação se destaca no mercado devido à sua estrutura heteroestruturada 2D/3D em perovskita de estanho, utilizando íons de césio para melhorar a microestrutura das células. Isso não apenas reduziu os defeitos, mas também elevou a eficiência para um pico de 17,13% em testes laboratoriais. A perovskita à base de estanho, ou THP, surge como uma solução viável para substituir o chumbo nas células solares, atendendo a uma demanda crescente por alternativas mais sustentáveis e ecologicamente corretas no setor de energia fotovoltaica. Esse desenvolvimento ocorre em um momento crítico, quando regulamentos mais rígidos contra materiais tóxicos estão sendo impostos

Intervenções Estratégicas e Impacto no Mercado

A união entre a Universidade de Queensland e a Halocell Energy é estratégica, promovendo a comercialização da tecnologia a partir de 2025. A expectativa é que a escalabilidade industrial impulsione o uso de células solares de perovskita sem chumbo, reduzindo custos e ampliando a acessibilidade da energia solar. O avanço tecnológico pode catalisar uma mudança significativa no mercado fotovoltaico, oferecendo alternativas mais leves e baratas aos sistemas atuais de silício, que dominam o mercado com eficiências que variam entre 16% e 22%. Empresas como LONGi e EneCoat Technologies, que investem em células tandem perovskita-silício, também estão de olho nesse mercado em rápida evolução.

Avanços Tecnológicos e Sustentabilidade

A tecnologia THP posiciona-se como uma das opções mais promissoras para atender à crescente demanda por painéis solares sustentáveis, eliminando o uso de metais pesados e promovendo processos de fabricação mais eficientes e menos intensivos em energia. A célula solar baseada em THP não só se destaca por sua eficiência, como também atende a uma necessidade urgente de soluções fotovoltaicas mais ambientalmente responsáveis. Este avanço é uma resposta direta às ameaças ecológicas dos materiais atualmente usados na indústria, especificamente o chumbo.

Desafios e Oportunidades Futuras

Embora os resultados sejam promissores, desafios ainda existem para a tecnologia de perovskita à base de estanho. A diferença de eficiência em relação às células tandem perovskita-silício, que detêm recordes mundiais, destaca a necessidade contínua de pesquisa para melhorar o desempenho em larga escala e em condições reais do ambiente. A garantia de estabilidade a longo prazo e resistência a condições adversas é crucial para que essa tecnologia se estabeleça no mercado global. No entanto, as oportunidades são vastas, desde aplicações em dispositivos flexíveis até a exploração em outros componentes eletrônicos como lasers e fotodetectores.

Panorama Futuro e Expectativas do Mercado

De acordo com estimativas de mercado, o espaço para crescimento da participação de mercado das células de perovskita é vasto, com potencial para dobrar até 2030. Isso se alinha com as tendências globais de transição rápida para fontes de energia renováveis, reforçadas pela crescente regulamentação contra o uso de materiais tóxicos em eletrônicos. A capacidade de aliar alta eficiência a um perfil ecológico robusto poderá consolidar a presença da perovskita de estanho no setor, à medida que as empresas continuem a adotar práticas mais sustentáveis.

Reflexão do Time do Blog da Engenharia

  1. A remoção do chumbo das células solares aponta para um futuro mais verde e seguro no consumo de energia renovável.
  2. Parcerias estratégicas entre instituições acadêmicas e a indústria são vitais para o progresso tecnológico em larga escala.
  3. Embora desafiadora, a transição para tecnologias de energia limpa deve continuar a ser uma prioridade global.

Via: https://techxplore.com/news/2025-06-efficiency-tin-based-perovskite-solar.html

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