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Projeto de fusão nuclear usará dutos de 800m de gás de boro para purificar seu plasma.

Projeto de fusão nuclear usará dutos de 800m de gás de boro para purificar seu plasma.

A busca incessante por fontes de energia mais limpas tem colocado a fusão nuclear no centro das atenções, especialmente com iniciativas de grande escala como o projeto ITER. Um dos focos atuais dessa empreitada é o uso de plasma de boro-11, uma alternativa promissora por sua capacidade de minimizar a produção de nêutrons, tornando o processo mais seguro e menos poluente. Além de oferecer proteção às paredes do reator Tokamak, a fusão com boro apresenta um método mais “limpo” para geração de energia, o que pode ser uma revolução no setor de energia nuclear.

O Uso do Boro-11 na Fusão Nuclear

A aplicação do boro-11 no ITER é uma inovação com potencial significativo. Diferente de outras formas de energia nuclear, a fusão com boro não gera resíduos radioativos de longa duração, o que coloca em destaque seu potencial ambientalmente amigável. A Organização ITER está na vanguarda desse desenvolvimento, trabalhando em parceria com empresas como a Lemer Pax para desenvolver materiais e técnicas que utilizem boro para proteger as estruturas internas do Tokamak e converter a energia do calor em eletricidade de forma eficaz.

Desafios e Avanços Tecnológicos

Muito embora os princípios da fusão nuclear sejam conhecidos, sua implementação prática é complexa e enfrenta desafios significativos. A concepção e manutenção de um plasma que atinge temperaturas de até 150 milhões de graus Celsius é uma façanha de engenharia ainda em desenvolvimento. O uso do boro no ITER representa um avanço importante nessa área, oferecendo uma barreira adicional contra a erosão das paredes do reator e melhorando a eficiência na absorção de nêutrons.

Colaboração Global e Stakeholders

O ITER é um exemplo de colaboração internacional sem precedentes, reunindo esforços de engenheiros e cientistas de diversos países, incluindo Japão, Europa, China e Coreia do Sul. Além disso, empresas privadas e organizações de pesquisa de todo o mundo, como a Sandia National Laboratories e a TAE Technologies, também investem em projetos de fusão nuclear, cada qual explorando diferentes abordagens e tecnologias para alcançar a energia de fusão viável.

Impacto no Setor de Engenharia e no Mercado

Embora ainda em fase de testes e desenvolvimento, os avanços no ITER estão moldando o futuro da engenharia nuclear. A expectativa é que, entre 2034 e 2039, o projeto inicie suas operações experimentais com plasma de deutério-trítio, pavimentando o caminho para a construção da planta demonstrativa DEMO. A geração de energia limpa e praticamente inesgotável tem o potencial de revolucionar o mercado energético global, atraindo investimentos significativos e criando novas oportunidades econômicas e sociais.

Desafios Futuramente Identificados e Oportunidades de Inovação

Dentre os principais obstáculos enfrentados pela fusão nuclear estão a complexidade do controle do plasma, a escassez de trítio e os elevados custos de desenvolvimento. Contudo, são justamente esses desafios que abrem caminhos para a inovação na engenharia de materiais e na construção de reatores mais eficientes. Investimentos em pesquisa de novos materiais e tecnologias de convergência de energia serão fundamentais para superar essas barreiras e alcançar o sucesso comercial da fusão nuclear.

Reflexão do Time do Blog da Engenharia

  1. A fusão nuclear, embora desafiadora, é uma promessa excitante para soluções sustentáveis de energia.
  2. Colaborações internacionais como o ITER são indispensáveis para o avanço tecnológico e a viabilidade da fusão.
  3. Continuar investindo em pesquisa e desenvolvimento é crucial para superar os obstáculos técnicos atualmente enfrentados.

Via: [Interesting Engineering](https://interestingengineering.com/energy/iter-nuclear-fusion-boron-plasma)

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