A urna eletrônica vem sendo tema de discussões e aproveitamos para trazer mais informações sobre o assunto. Conhecer o passado é a chave para entender como chegamos e para onde podemos ir.
Afinal, como chegamos ao sistema atual de coleta de votos e como funciona a urna eletrônica?
História da urna eletrônica
O primeiro contato dos eleitores brasileiros com o voto eletrônico ocorreu nas eleições municipais de 1996 (não muito tempo atrás). Antes disso o voto era manual, por meio da marcação X na opção desejada ou escrevendo o nome do candidato em um papel que seria verificado por um fiscal.
O método manual contava com um exaustivo trabalho de milhares de convocados para auxiliar nas apurações de votos. Sendo assim, com toda a apuração sendo feita por pessoas, as eleições sofriam com diversas fraudes já que todo o sistema oferecia margem para manipulações e erros. Além da demora para o resultado final, que lavava dias.
Entretanto, o divisor de águas para a decisão de definir um novo sistema de votação ocorreu no Rio de Janeiro em 1994, quando a eleição para deputados foi anulada devido a mais uma constatação de manipulação de votos.
Como funciona o sistema?
Com a necessidade de um método melhor e mais seguro para a coleta e análise dos votos, começa em 1995 o projeto da urna eletrônica. Totalmente pensada para a necessidade brasileira, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formou uma comissão técnica com pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Centro Técnico Aeroespacial (CTA) para desenvolver o projeto.
O objetivo básico inicial era eliminar a participação humana do processo, tornar o voto mais acessível, garantir segurança e transparência. Por fim, como resultado temos o equipamento conhecido hoje.
A urna combina tela, teclado e processamento. Com o teclado e seu sistema de números para a votação, houve aumento da inclusão e acessibilidade a pessoas analfabetas e com deficiência.
Segurança
Atualmente no site do TSE é possível ler detalhes de como funcionam as etapas do sistema de segurança das eleições e da urna eletrônica.
Existem diversas barreiras de proteção desde o software (sistema digital), o Hardware (peças físicas da urna) e no próprio sistema de logística e desenvolvimento das urnas.
Comprovantes são disponibilizados antes do inicio da votação para mostrar que a urna não possui nem um voto previamente guardado. No final da votação nas seções é possível emitir um boletim que informa o total de votos feitos, para auxiliar a fiscalização. Segundo Barroso, presidente atual do TSE, os votos dados na urna são totalmente auditáveis.