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Cratera se abre em Ouro Preto – MG e mina é descoberta

Uma mina com 14 metros de comprimento, 150 centímetros de largura e 6 metros de altura foi descoberta após a abertura de uma cratera em frente a uma casa no Bairro Alto da Cruz, sugerindo que o desabamento tem alimentado temores de outras casas, que foram construídas durante o ciclo do ouro no século XVIII.

Hernani Mota, professor do Departamento de Engenharia de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), acompanhado pela defesa civil e bombeiros, concluiu, após uma análise preliminar, que a casa foi construída sobre uma rocha mais resistente do que aquela que desmoronou.

De acordo com a prefeitura de Ouro Preto, a orientação da defesa civil é que, após o período de chuvas, a cavidade a céu aberto seja preenchida com rochas e outros trabalhos sejam realizados para garantir a segurança dos moradores. Entretanto, a administração municipal salientou que o local será permanentemente monitorizado pela defesa Civil.

De acordo com engenheiros especializados em mapeamento de minas subterrâneas, a mina está em propriedade privada e os moradores vão tentar desobstruir a boca da mina, local original de entrada. Apesar de o pavilhão ser pequeno, a nova mina pode ser considerada uma atração turística para quem quiser conhecer o circuito de minas da cidade, mas isso vai depender da autorização da defesa civil.

Fonte: Prefeitura de Ouro Preto / Jornal Estado de Minas Gerais

Catálogo de Minas

Engenheiro diz que a mina ainda não tem nome de batismo, mas será uma nova adição ao catálogo, pensada para manter na memória todos os vestígios do período histórico, não apenas arquitetônico. Ao todo, o professor Ufop mapeou outras 170 minas subterrâneas na cidade, muitas delas na Serra de Ouro Preto.

“O catálogo é um projeto de pesquisa da Ufop e pretende colaborar com a memória das minas antigas de Ouro Preto, que, atualmente, fazem parte da cidade e dos primórdios da história da mineração brasileira.”

O catálogo indica que a 500 metros da mina mais próxima da Rua Maestro Joaquim Aniceto, outra mina da Rua XV de Agosto está abandonada e em estado de colapso.

Muitas dessas minas se tornaram parte das explorações científicas e turísticas da cidade. Uma delas é a mina Felipe dos Santos, que ficou aberta até 2019 e foi desativada após a movimentação do teto e das paredes dentro da mina.

Nem todas as minas catalogadas estão em risco de colapso. Uma delas também fica próximo à nova mina, a José Augusto, serve para extração de água, e não tem histórico de colapsos internos ou acidentes.

Considerada a mina mais visitada pelos turistas, a mina Chico Rei guarda histórias de resistência, fé e libertação que foram passadas de geração em geração. Na época colonial era chamada de Mina da Encardeira. Depois, segundo a tradição oral, foi adquirida por Chico Rei durante o ciclo de ouro. Quando foi redescoberta na década de 1950, foi renomeada em homenagem ao homem escravizado que usou o dinheiro da mineração de ouro para comprar a liberdade para si e sua família.

Fonte: Jornal Estado de Minas Gerais

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