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Honda cria sistema capaz de evitar congestionamentos

A Honda anunciou o desenvolvimento do primeiro sistema prático capaz de detectar congestionamentos de trânsito antes que eles ocorram.
Na verdade, mais do que prever, o objetivo do sistema é evitar que os congestionamentos ocorram.
Embora já existam fórmulas matemáticas capazes de prever engarrafamentos e sistemas de semáforos inteligentes capazes de garantir um trânsito mais livre, o sistema japonês não depende de grandes bases de dados e múltiplos pontos de sensores.
Esta é, por exemplo, a deficiência do sistema de controle automatizado do trânsito atualmente em testes na Alemanha.
Anti-motorista trapalhão 
A Honda desenvolveu sua tecnologia de previsão de engarrafamentos baseando-se no pressuposto de que o comportamento de aceleração e desaceleração de cada veículo, ou de um único veículo, influencia o padrão de tráfego dos veículos que vêm atrás.
Assim, o sistema pode ser empregado usando como entrada apenas as imagens de câmeras estrategicamente colocadas.
As informações são passadas a cada motorista cujo comportamento pode resultar em um congestionamento à sua retaguarda, na forma de um código de cores que o ajuda a dirigir de forma mais suave.
O grande objetivo é evitar um modo de dirigir muito típico, mas muito ineficiente, marcado por acelerações e frenagens, que influenciam os motoristas que vêm atrás.
O segredo está em dosar o acelerador e economizar combustível, freios, pneus, e o tempo de que vem atrás.
Teste real 
Os testes mostraram que o sistema ajudou a aumentar a velocidade média do trânsito em uma avenida em 23%, além de uma economia de 8% no consumo de combustível dos “veículos-líderes” da demonstração.
Estes testes foram feitos em ambiente controlado, com a ajuda de engenheiros da Universidade de Tóquio.
Para uma avaliação em condições reais de operação, a empresa anunciou que colocará o sistema de previsão de engarrafamentos em testes na Itália, neste mês de Maio, e na Indonésia, em Julho.
Piloto automático 
O inconveniente do sistema é a dependência de um dispositivo eletrônico a ser adotado por todos os motoristas.
Mas, além de afirmar que telefones celulares e um processamento centralizado em nuvem podem ser adequados, e gerar ganhos ainda maiores do que os obtidos em condições de laboratório, a empresa está de olho em novas gerações de automóveis.
Os ganhos realmente significativos, segundo os engenheiros da empresa, virão com automóveis dotados de uma nova geração de sistemas adaptativos de controle de velocidade, comumente chamados de “pilotos automáticos”.
Esses sistemas receberiam os dados da central e ajustariam a velocidade dos carros automaticamente, sem deixar que os motoristas interfiram com os resultados dos algoritmos, cuidadosamente desenvolvidos para garantir o melhor fluxo possível do trânsito.

Via: Instituto de Engenharia

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