A Ambar, construtech fundada em 2013, sempre teve como objetivo levar mais efetividade ao canteiro de obra e amenizar o alto volume de desperdício na indústria de construção civil. Para isto, seus fundadores Bruno Balbinot e Ian Fadel levaram a experiência das linhas de produção do setor da manufatura para a construção civil.
Na prática, essa experiência visava enxergar a construção como um ambiente em que era possível uniformizar e assim contar com sistemas pré-fabricados para as áreas elétrica, hidráulica, esgoto e gás. A ideia foi um sucesso e hoje o principal mercado da Ambar é o programa “Minha Casa Minha Vida ”, pela escalabilidade que essa metodologia permite.
+ Tecnologias utilizadas pela Construtech
Para tornar isso possível, a construtech entendeu que a tecnologia para projeto desenvolvida pela Autodesk seria imprescindível e iniciou o uso do AutoCAD para levantamento de materiais. Três anos depois migraram para a metodologia BIM (Building Information Modeling) por conta da facilidade que o processo traz ao permitir que bibliotecas de produtos possam ser criadas e, consequentemente, aplicadas nos projetos.
Na prática, a construtech cria projetos e os modela dentro do Autodesk Revit, uma das ferramentas da AEC Collection, para garantir que o projeto pré-fabricado vai funcionar na obra. Após esse processo, é feita a identificação das peças com o Dynamo para automatizar a documentação e o diagrama de montagem.
“Com as ferramentas da AEC Collection conseguimos chegar em um nível de detalhe que deixa nossa rotina muito mais eficiente. Podemos especificar quantos metros de um cabo, por exemplo, serão necessários e qual a forma de montagem ”, afirma Jorge Neto, BIM Manager da Ambar.
Segundo o executivo, outra vantagem é que a utilização da metodologia BIM permite que processo de manufatura seja de fato aplicado à obra, envolvendo até uma plataforma de compras em que as empreiteiras podem visualizar a cada dia o que terão que executar e adquirir, além do controle do cronograma.
Com isso, estima-se uma economia de até 15% no valor final da obra e desperdício nulo de materiais, além de aumento de produtividade de 70%.