A China, uma potência industrial global, está diante de um desafio colossal: alinhar seu crescimento econômico com os objetivos climáticos globais. Um estudo recente da Universidade da Califórnia San Diego destaca que, para atingir suas metas climáticas para 2035, a China precisará gerar mais de 50% de sua energia a partir de fontes eólicas e solares. Esse esforço não é apenas vital para o país, mas também para a redução das emissões globais, dado que a China é responsável por cerca de 30% das emissões globais de gases de efeito estufa.
Desafios e Metas Climáticas
De acordo com o estudo, que conta com Michael Davidson como autor correspondente, a China deve mirar alto em seu plano climático para 2035. No entanto, as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), que deveriam ser apresentadas em fevereiro de 2025, ainda não foram divulgadas. O governo chinês, principal stakeholder, enfrenta a difícil tarefa de balancear o desenvolvimento econômico com a crescente pressão para reduzir suas emissões.
Progresso e Líderes de Mercado
Nos últimos anos, a China demonstrou progresso significativo em energias renováveis. Em 2024, o país instalou 357 gigawatts de capacidade eólica e solar, ultrapassando a meta de 1.200 gigawatts de energia renovável estabelecida pelo Presidente Xi Jinping para 2030. No entanto, o uso contínuo de carvão para geração de eletricidade ainda representa um grande entrave para as suas ambições climáticas.
Tecnologias e Inovações
A energia eólica e solar são centrais na estratégia da China para transição energética, complementadas por energia hidrelétrica e nuclear. A expansão de tecnologias de armazenamento de energia, como baterias, é crucial para integrar essas fontes renováveis na rede elétrica de maneira eficiente e estável. Com as tendências globais mostrando uma desaceleração no crescimento de energias renováveis nos EUA e Europa, a China se destaca como líder nesse setor.
Impactos Econômicos e Sociais
O investimento em energias renováveis não só impulsiona a economia chinesa, mas também possui implicações sociais significativas em termos de empregos e desenvolvimento. A expansão massiva de infraestrutura e tecnologia energética representa um compromisso gigante do país em reestruturar sua matriz energética, apesar de desafios em setores como o de manufatura e produção de cimento, que ainda dependem fortemente de combustíveis fósseis.
O Caminho a Seguir
Para 2025, espera-se que a China continue a avançar em sua liderança em eletricidade limpa. Com um aumento previsto de novas instalações de painéis solares e energia hidrelétrica, o país ainda deve enfrentar desafios em descarbonizar setores difíceis, tais como a indústria pesada. A definição de novas NDCs, que visem a geração de mais de 50% de energia a partir de fontes renováveis, é um passo crucial no suporte à transição energética.
Reflexão do Time do Blog da Engenharia
- O compromisso da China com energias renováveis pode servir de modelo para outras nações que desejam equilibrar crescimento econômico com responsabilidade ambiental.
- Investimentos em tecnologias de armazenamento de energia são cruciais para maximizar os benefícios das energias renováveis.
- Monitorar a revisão dos métodos de cálculo da intensidade energética pode evitar atrasos em inovações necessárias em setores econômicos essenciais.
Via: https://techxplore.com/news/2025-05-power-surge-china-climate-aim.html