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Cientistas de Harvard criam disco movido a luz do sol para explorar a mesosfera.

Cientistas de Harvard criam disco movido a luz do sol para explorar a mesosfera.

No mundo da engenharia, a inovação não conhece limites. O recente desenvolvimento de estruturas voadoras movidas pela luz solar para explorar a mesosfera terrestre exemplifica como avanços na física e na ciência dos materiais podem revolucionar nossa compreensão das camadas superiores da atmosfera. Este avanço, liderado por pesquisadores da Harvard John A. Paulson School of Engineering and Applied Sciences (SEAS) e da Universidade de Chicago, destaca-se pela utilização da fotoforese, um fenômeno físico que pode sustentar pequenos dispositivos em ambientes de pressão extremamente baixa, como é o caso da mesosfera.

Explorando a Mesosfera com Energia Solar

A mesosfera, uma das camadas menos exploradas da atmosfera devido às suas condições desafiadoras, está agora ao alcance de pequenas estruturas voadoras inovadoras. Compreendida entre 50 e 100 km acima da superfície terrestre, essa região sempre foi inacessível para métodos tradicionais como aviões e balões convencionais. A inovação está no uso de dispositivos de 1 cm de largura, que conseguem levitar com apenas 55% da intensidade da luz solar, superando as limitações de pesquisas anteriores que exigiam muito mais energia.

O Fenômeno da Fotoforese

O mecanismo por trás desse avanço é a fotoforese, onde o diferencial de temperatura entre os lados de um objeto gera impulso suficiente para sustentá-lo em condições de baixa pressão. Materiais ultraleves e projetados para maximizar esse efeito físico são essenciais para o sucesso desses dispositivos, permitindo-lhes permanecer na mesosfera e coletar dados cruciais para a previsão do clima e análise das dinâmicas atmosféricas.

Impactos e Oportunidades do Projeto

Com o potencial de revolucionar o monitoramento atmosférico, esses dispositivos não apenas reduzem custos em comparação com métodos tradicionais, mas também abrem novas oportunidades para empresas aeroespaciais e de sensoriamento remoto. A tecnologia pode eventualmente ser adaptada para a exploração de atmosferas de outros planetas, como Marte, expandindo ainda mais os horizontes da pesquisa espacial.

Desafios e Futuro da Exploração Mesosférica

Embora promissora, a implementação dessa tecnologia enfrenta desafios, como o controle e recuperação dos dispositivos após suas missões. Além disso, eles dependem da incidência de luz solar para operar, o que pode limitar suas atividades a períodos diurnos. Testes futuros em ambientes reais serão cruciais para validar a eficácia dessas estruturas na mesosfera.

Tendências e Contribuições para a Engenharia

A microssensorização e a miniaturização de equipamentos estão cada vez mais presentes na engenharia, impulsionando desenvolvimentos como este. O uso de energia limpa e as demandas por dados climáticos de alta resolução estão redefinindo como abordamos o estudo e a preservação do nosso planeta. Parcerias entre universidades, agências meteorológicas e a indústria privada podem impulsionar ainda mais essas inovações.

Reflexão do Time do Blog da Engenharia

  1. A capacidade de levitação por fotoforese abre novas fronteiras para a engenharia aeroespacial e atmosférica.
  2. As aplicações potenciais vão além da Terra, com possíveis sondagens em Marte e outros corpos celestes.
  3. A sustentabilidade energética das estruturas solares é um importante passo para futuras explorações tecnológicas.

Via: https://interestingengineering.com/innovation/sunlight-powered-flyers-to-explore-mesosphere

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