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"Colaboração EUA-China: Crise Científica Impacta Avanços Globais"

“Colaboração EUA-China: Crise Científica Impacta Avanços Globais”

A crescente rivalidade entre os Estados Unidos e a China está impactando negativamente a colaboração científica entre os dois países, tornando-se um desafio significativo para o progresso global em áreas críticas como mudanças climáticas, saúde pública e desenvolvimento sustentável. Estes são os principais pontos discutidos em um comentário publicado na revista _Nature_ por um grupo de cientistas seniores dos EUA e da China, incluindo David Victor da Escola de Estratégia e Política Global da UC San Diego.

O Declínio da Colaboração Científica

O comentário destaca uma queda significativa na troca de estudantes e pesquisadores entre os dois países. O número de estudantes chineses nos EUA caiu de quase 400.000 no ano acadêmico de 2019-2020 para menos de 300.000 em 2021-2022. Da mesma forma, o número de estudantes americanos na China caiu dramaticamente, de um auge de quase 15.000 em 2012-2013 para menos de 1.000 em 2022-2023. Essa diminuição na colaboração ameaça retardar o fluxo de descobertas científicas e dificulta a resposta coletiva a crises globais.

Impacto na Ciência

A retração da colaboração pode desacelerar avanços científicos importantes, uma vez que o progresso nas ciências é um esforço global que se beneficia da cooperação internacional. Os autores do artigo afirmam que direcionar a ciência para uma agenda nacionalista pode minar essas colaborações e que é vital que os cientistas continuem a trabalhar juntos, independentemente das estreitas entre os governos.

Propostas de Solução

Para mitigar os desafios atuais, várias estratégias são sugeridas. Primeiramente, identificar “zonas seguras” para a colaboração, concentrando-se em áreas menos sensíveis como a ciência polar e a cosmologia, pode ajudar a reduzir a interferência política. Além disso, assegurar financiamento estável para pesquisas transfronteiriças é essencial, pois políticas de financiamento atuais, como o Chips and Science Act dos EUA, complicam o apoio a colaborações internacionais. Finalmente, fazer propaganda dos benefícios da colaboração para formuladores de políticas e o público é crucial para contrabalançar narrativas nacionalistas.

Políticas e Acordos

O Acordo de Ciência e Tecnologia entre EUA e China (STA) foi renovado, fornecendo um quadro para a cooperação científica bilateral. No entanto, suas limitações, como a restrição a ciências básicas e a exclusão de áreas sensíveis à segurança, mostram a necessidade de uma estrutura mais abrangente para parcerias científicas. Saber contornar essas restrições pode abrir caminhos para colaborações mais eficazes no futuro.

Contexto Historial e Político

As tensões entre cientistas dos EUA e da China não são novas e estão inseridas num contexto histórico amplo. Na China, a ciência e a tecnologia sempre estiveram fortemente ligadas a objetivos políticos. Durante a Revolução Cultural, por exemplo, cientistas enfrentaram perseguições severas. Este histórico destaca os desafios persistentes na tentativa de separar a ciência dos objetivos políticos.

Uma breve reflexão do Blog da Engenharia

  1. A colaboração internacional em engenharia e ciência é crucial para a inovação e solução de desafios globais.
  2. A promoção de um ambiente de cooperação científica pode fomentar avanços significativos em áreas tecnológicas.
  3. O entendimento mútuo entre as nações pode ser vital para melhorias contínuas no campo científico e tecnológico.

Via: UC San Diego Today.

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