No universo da engenharia moderna, tecnologias que aprimoram a infraestrutura das nossas cidades estão sempre em evolução. Uma das inovações mais promissoras é o asfalto auto-reparável que utiliza esporos de plantas para evitar a formação de buracos nas vias. Esse avanço revolucionário é fruto de uma colaboração entre pesquisadores da Swansea University, King’s College London, e University of Bío-Bío, no Chile. O time de cientistas conseguiu desenvolver um asfalto que incorpora esporos de _Lycopodium clavatum_ preenchidos com óleo de girassol, que se ativa quando surgem micro-rachaduras, fazendo com que as fissuras sejam fechadas em menos de uma hora.
Como Funciona o Asfalto Auto-Reparável
A tecnologia por trás do asfalto auto-reparável está na utilização de esporos de plantas encapsulados com óleo de girassol. Esses esporos, uma vez agitáveis por micro-rachaduras, fazem com que o óleo seja liberado, rejuvenescendo o betume oxidado e fechando as fissuras rapidamente. Tal mecanismo corresponde à inteligência natural de cura observada em organismos vivos e é um marco para aumentar a durabilidade das estradas, o que pode ser uma solução duradoura contra os onipresentes buracos nas vias públicas.
Benefícios Econômicos e Sociais
A inovação promete uma economia considerável na manutenção de estradas, calculando-se que £143,5 milhões são gastos anualmente para tapar buracos na Inglaterra e no País de Gales, enquanto £16,3 bilhões seriam necessários para melhorar as condições gerais dessas vias. A tecnologia auto-reparável não só diminui essas despesas como também melhora a experiência de usuários de estradas, reduzindo acidentes e transtornos associados à pavimentação danificada.
O Contexto e o Desafio do Mercado
O conceito de asfalto auto-reparável não é totalmente novo, mas o uso de esporos de plantas traz uma abordagem inédita e sustentável. Anteriormente, tecnologias como nanotecnologia e fibras de aço foram estudadas, mas sem o mesmo impacto ambiental positivo. Empresas e laboratórios continuam pesquisando métodos eficientes para aprimorar o desempenho das estradas, e isso abre portas para um mercado engajado em soluções ecológicas e duradouras.
Aspectos Técnicos e Científicos
Para alcançar o efeito desejado, técnicas de encapsulação a vácuo e centrifugação foram empregadas para carregar esporos com o óleo de girassol. Além disso, o aprendizado de máquina ajudou a modelar a oxidação do betume, permitindo simular o comportamento do asfalto e prever seu desempenho. Essas metodologias evidenciam a interdisciplinaridade da engenharia moderna, integrando biologia, química e ciência de materiais para soluções inovadoras.
Projeções Futuras e Sustentabilidade
Com o custo inicial ainda sendo um dos obstáculos, a tecnologia tem grande potencial para se tornar a norma com o avanço em eficiência produtiva e redução de custos. Além de promover estradas mais seguras e duráveis, o asfalto auto-reparável usa materiais reciclados que conseguem mitigar seu impacto ambiental. À medida que as tecnologias evoluem e se tornam acessíveis, espera-se que o uso de biomateriais não apenas em pistas, mas em ampliações de infraestrutura em geral, seja cada vez mais comum.
Reflexão do Time do Blog da Engenharia
- A inovação demonstra o poder da biomimética e a sua aplicação prática na engenharia civil.
- A redução de custos pode significar um longo caminho para a renovação de infraestrutura urbana global.
- Este pode ser um catalisador para outras inovações ecoeficientes no setor de construção.
Via: https://interestingengineering.com/innovation/self-healing-asphalt-uses-plant-spores-to-stop-potholes-before-they-start