A observação espacial sempre atraiu nossa curiosidade, especialmente quando se trata de eventos celestiais raros que oferecem uma visão única de nossa galáxia. Um desses eventos é a observação do cometa C/2024 G3 (ATLAS), uma maravilha astronômica capturada recentemente do espaço por astronautas da Estação Espacial Internacional. A descoberta e posterior observação do cometa proporcionaram uma rara oportunidade de estudar a dinâmica de um corpo celeste tão distante e fascinante.
Descoberta e Observação
O cometa C/2024 G3 (ATLAS) foi avistado pela primeira vez no dia 5 de abril de 2024, graças ao sofisticado sistema de pesquisa Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System (ATLAS), que utilizou um telescópio refletor de 0,5 metros situado em Rio Hurtado, Chile. Essa descoberta foi inédita e abriu portas para inúmeras observações. Um dos momentos mais emocionantes aconteceu em 11 de janeiro de 2025, quando o astronauta da NASA, Don Pettit, capturou a imagem do cometa a partir da Estação Espacial Internacional. Pettit expressou seu fascínio descrevendo a visão do cometa como “totalmente incrível de ver a partir da órbita”. Essa observação reitera a importância das missões espaciais humanas, que proporcionam uma nova perspectiva sobre fenômenos celestes.
Características Orbitais
Com uma impressionante órbita de aproximadamente 160.000 anos, o cometa C/2024 G3 (ATLAS) é classificado como um cometa dinamicamente antigo, tendo já passado pelo Sistema Solar interior em ocasiões anteriores. Essa longa trajetória e o retorno ao interior do nosso sistema proporcionam uma oportunidade única para a ciência moderna estudar as características de corpos celestes que passam por longos períodos em partes remotas do espaço. Análises minuciosas indicam que este cometa já fez uma aproximação significativa ao Sol, factor que influencia diretamente sua aparência e comportamento no cosmo.
Periélio e Brilho
O ponto mais próximo do cometa em relação ao Sol, conhecido como periélio, ocorreu em 13 de janeiro de 2025, a uma distância de cerca de 14 milhões de quilômetros. Essa proximidade fez com que o cometa C/2024 G3 (ATLAS) brilhasse intensamente, alcançando uma magnitude esperada de -3.2, comparável ao brilho de Vênus no céu noturno. Esse fenômeno luminoso despertou interesse tanto de astrônomos profissionais quanto amadores, proporcionando um espetáculo raro e memorável para os observadores do hemisfério sul especialmente.
Visibilidade e Observação Segura
Devido à sua proximidade ao Sol, observar o cometa durante o dia apresenta riscos significativos para os olhos dos observadores. Portanto, é recomendado realizar monitoramentos seguros, através de telescópios apropriados ou visualizações em telas de computador. A localização do cometa no céu favorece observadores no hemisfério sul, uma vez que ele atravessa constelações localizadas bem ao sul do equador celeste. Infelizmente, para aqueles no hemisfério norte, o cometa mantém uma posição baixa no horizonte sudeste, ficando frequentemente obscurecido pelo crepúsculo matutino.
Características Físicas e Importância Astronômica
Como é comum em cometas, o C/2024 G3 (ATLAS) é composto de poeira, gases congelados, gelo e rochas. À medida que se aproxima do Sol, essas substâncias congeladas começam a vaporizar, formando uma cauda de gás e poeira que é visível na foto capturada da ISS, com o horizonte terrestre iluminado por um fraco brilho atmosférico. Esse fenômeno é um lembrete visual dos processos ativos que ocorrem em nosso sistema solar. Graças à monitorização pela colaboração entre a NASA e a ESA através do Solar and Heliospheric Observatory (SOHO), pôde-se registrar o brilho extraordinário do cometa à medida que se aproximava do Sol. Após sua passagem pela vizinhança solar, o cometa retornará à Nuvem de Oort, sendo improvável sua volta ao sistema solar interior por outros 160.000 anos.
Uma breve reflexão do Blog da Engenharia
- Este evento sublinha como a tecnologia em engenharia espacial está avançando, permitindo descobertas que expandem nosso conhecimento sobre o universo.
- A captura do cometa por um ângulo tão singular sublinha a importância das parcerias internacionais na exploração espacial.
- Experiências como esta inspiram novas gerações a se interessarem por ciência e tecnologia, essenciais para inovações futuras.
Via: https://www.space.com/stargazing/bright-comet-g3-atlas-seen-from-space-in-new-astronaut-photo