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Engenharia em Crise: Brasil Precisa de 75 Mil Engenheiros

Brasil Enfrenta Déficit de 75 Mil Engenheiros e Riscos à Competitividade Global

A crise de falta de mão de obra qualificada na área de engenharia no Brasil é um dos desafios mais urgentes enfrentados pelo país, com impactos significativos em setores essenciais da economia. Nos últimos anos, esse problema tem se intensificado, afetando diretamente a capacidade do Brasil de competir em um mercado global cada vez mais integrado e tecnológico. O déficit de engenheiros, associado a questões estruturais e educacionais, precisa ser abordado com urgência para garantir o desenvolvimento sustentável da nação.

Deficit de Engenheiros e os Impactos nos Setores Econômicos

O Brasil apresenta uma lacuna alarmante estimada em 75 mil engenheiros para atender às demandas atuais do mercado, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Essa escassez critica impede o avanço de projetos de infraestrutura, tecnologia, energia e transporte, resultando em atrasos e custos adicionais. Sem a quantidade suficiente de profissionais qualificados, as iniciativas de desenvolvimento enfrentam entraves significativos, comprometendo investimentos, tanto públicos quanto privados. Além disso, a falta de engenheiros experientes paralisa inovações em setores emergentes, como o aeroespacial, que demanda alto grau de especialização e modernização.

Evasão Escolar, Currículos Desatualizados e Investimentos Insuficientes

Entre 2014 e 2021, observou-se uma evasão escolar significativa, com cerca de 150 mil estudantes de engenharia abandonando suas formações, agravando o déficit de profissionais. Esse fenômeno é exacerbado por currículos desatualizados que não acompanham a rápida evolução tecnológica e as necessidades do mercado moderno. A formação de apenas 40 mil engenheiros por ano é substancialmente inferior quando comparada a outros países do BRICS, como China e Rússia. Estes números evidenciam a urgência de investimentos sólidos em educação básica e superior que sejam capazes de alinhar o ensino às exigências atuais do mercado.

Salários, Condições de Trabalho e Consequências Econômicas

Muitas empresas brasileiras não conseguem oferecer condições salariais e de trabalho atrativas, o que desmotiva novos talentos a ingressarem ou permanecerem na engenharia. Relatos indicam que alguns empregadores não respeitam o piso salarial da categoria, afetando a retenção e atração de talentos. Esta realidade força muitos profissionais a buscarem melhores oportunidades fora do país ou em outras áres, resultando em um efeito cascata sobre a economia. A falta de profissionais qualificados eleva os custos operacionais e, por conseguinte, os custos dos produtos e serviços, pressionando a inflação. Estas questões acabam debilitando ainda mais a competitividade da economia brasileira num cenário internacional.

Perguntas para Discussão

  1. Quais são os principais desafios enfrentados pelas universidades na formação de engenheiros qualificados?
  2. Como as empresas podem ajustar suas ofertas salariais para atrair mais profissionais para a engenharia?
  3. Que medidas governamentais podem ser implementadas para melhorar a educação em áreas STEM no Brasil?

Via: https://clickpetroleoegas.com.br/falta-de-mao-de-obra-chega-na-engenharia-e-setor-sofre-com-a-falta-de-75-mil-trabalhadores-no-brasil/

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