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Pioneirismo Emily Hahn e realidade atual das mulheres na mineração

Sabemos que os ramos da Engenharia Geotécnica e de Engenharia de Minas sempre foram ditos como espaços de protagonismo masculino. Mas com o passar do tempo, as mulheres estão se impondo e quebrando essa barreira de gênero e conseguindo seu espaço no setor.

Portanto, para entender um pouco sobre esse espaço conquistado, temos que conhecer a história de Emily Hahn, a primeira mulher do mundo a trabalhar no setor da mineração. Através disso entenderemos o cenário atual. Vamos comigo?

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Quem foi Emily Hahn?

Primeiramente, a estudante de artes da University of Wisconsin Madson, durante sua graduação ouviu de um professor a seguinte frase:

A mente feminina é incapaz de lidar com os princípios da mecânica, da alta matemática ou com qualquer fundamento do ensino da mineração.

Dessa forma, ao ouvir essas palavras, Emily decidiu provar que ele estava errado! Neste momento, mudou de curso e se matriculou em Engenharia de Minas, tornando-se em 1926 a primeira mulher a ingressar de maneira reconhecida no setor de mineração. Seu pioneirismo deve ser reconhecido por nós mulheres para a busca de mais espaço e melhorias de tratamento em empresas nesse setor.

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Foto de Emily Hahn.

Mulheres e a conquista no mercado de trabalho

Em primeiro lugar, o interesse de mulheres pelas áreas de Geotecnia e Minas cresce cada vez mais. Há de se evidenciar que algumas empresas hoje em dia, fazem programas que buscam a representatividade feminina no seu quadro de colaboradores.

Para mim, ser mulher na engenharia é exercer sistematicamente a capacidade de resiliência. A necessidade de atingir as metas é sempre maior do que a dor que suporto enquanto luto para conquistá-las. Não deixe a dor ficar no caminho do progresso. Segundo a Engenheira de Minas, Marília Abrão Zeni.

Porém, ainda há muito o que melhorar, estamos num cenário distante do ideal. O setor de mineração é o que possui a mais baixa representatividade de mulheres no mercado de trabalho. O que diz respeito a cargos de liderança, os números são menores ainda.

Desafios encontrados por mulheres no mercado

Primeiramente, os desafios já iniciam antes de ingressar em alguma vaga. Geralmente em processos seletivos, é comum que mulheres precisem ter qualificações profissionais a mais do que homens concorrendo a mesma vaga.

Além disso, precisam lidar com diferenças salariais, maternidade e machismo contínuo.

Mudança de cenário

Para melhora desse cenário, há a necessidade da mudança de postura de algumas empresas, dando mais oportunidades para mulheres nesse mercado. Existem profissionais extremamente qualificadas e não conseguem uma oportunidade em algumas corporações.

Dessa forma, o que pode ser dito é que a luta é diária para que essa mudança ocorra e conquistemos cada vez mais espaço e crescimento na profissão.

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Mulheres fazendo a diferença

Por conta de todos os fatos relatados, surgiram alguns movimentos no Brasil que tem como objetivo fortalecer as mulheres no setor, como por exemplo o Women in Mining Brasil que promove debates sobre como aumentar a representatividade de mulheres em todos os níveis da mineração (principalmente em cargos de liderança), trazer mais diversidade, empoderar mulheres do setor, dentre outros.

Enfim, existem também outros movimentos de mulheres para que haja melhora nas condições e inclusão das mesmas nesse mercado, mostrando que lugar de mulher é sim na Engenharia.

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