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O mundo pode ficar desconectado: O fim dos cabos?

Mundo conectado por cabos? Como assim Ana? Vem comigo saber como tudo sobre esse tema, e lhe convido para conhecer mais artigos aqui no BdE!

Como tudo começou?

Foi no século XIX que iniciou-se a instalação de cabos submarinos, na época nem se sonhava com internet. O objetivo era permitir a comunicação via telegrafo. Com isso o primeiro cabo instalado foi entre França e Inglaterra, depois veio Portugal para Inglaterra inaugurando o primeiro cabo transatlântico.

Por ai a expansão continuou acelerada interligando a Inglaterra a suas colônias no Oriente Médio e também a América do Norte. Com o tempo o telegrafo foi substituído pelo telefone e agora este ultimo foi trocado pela internet.

Foto por Global Marine Photos/Flickr
Cabos Submarinos de Comunicação

Mas o mundo é realmente todo conectado por esses cabos?

Sim, esse bilhete é verdade. Em 2021, conforme dados do TeleGeography.com eram 448 cabos submarinos sendo 1,3 milhões de quilômetros em extensão. Estes números se mantem em constante aumento, devido a questões de novas empresas, cabos antigos, rompidos ou acidentes.

Como já era de se esperar, os comprimento destes cabos varia muito sendo um dos menores de 131 quilômetros entre Irlanda e Reino Unido, e o maior que lida a Asia a América de 20 mil quilômetros.

Cabos submarinos pelo mundo

Como esses cabos suportam as condições marítimas?

A espessura externa média dos cabos são de uma mangueira de jardim, mas o segredo esta em sua composição interna que contem filamentos finos como fios de cabelo humano. Estes permitem inúmeras camadas de proteção de plásticos e metais para suportar as condições nas profundezas no mar.

Para cabos instalados em profundidades extremas como 6 quilômetros, estes tem proteção especifica devido a pressão marítima. Em contrapartida os mais próximo a superfície tem proteção contra os peixes.

O custo de um mundo conectado

Centenas de milhões de dólares este é o valor para instalação de apenas um cabo. Para obras assim normalmente a realização ocorre através de parcerias com grandes empresas mundiais. Erros em projetos desse porte não são permitidos, por isso demanda-se muito estudo para definir rotas onde não haja falhas geológicas, zonas de pesca e ancoragem.

Mas, final das contas quem é o dono desses projetos milionários? Normalmente existe um consorcio entre as empresas de telecom, mas também existem cabos privados de grandes investidores como Google, Facebook, Microsoft e Amazon.

Eles mastigaram a internet

Isso mesmo, aqueles objetos estranhos no fundo do mar despertaram a curiosidade dos tubarões, e em 1987 foram detectadas as primeiras tentativas famintas dos tubarões. Mas, é claro que este problema foi resolvido com cabos com proteção anti-tubarão.

Mas este é um dos menores problemas e nas ultimas décadas não gerou nenhuma falha nos cabos devido a peixes. Os grandes vilões são os próprios humanos, as situações de pesca ou ancoragem foram responsáveis por 2/3 dos problemas ocorridos.

A vida útil media de um cabo é de 25 anos, sendo normalmente aposentados mais cedo devido a se tornarem obsoletos. Visto que os cabos atuais tem capacidade média de conexão de 160 a 200 Tbps (terabits por segundo)

Por que essa comunicação não ocorre pelo ar?

Os satélites tem aplicações importantes para conectas locais onde as fibras ainda não chegaram ou para distribuir o sinal principal para pontos locais. Porém, a capacidade de transporte de dados via satélite é bem inferior a dos condutores, isso iria encarecer muito o processo.

Substituir os cabos por satélites? Esta ainda não é uma ideia nem um objetivo, visto a velocidade alta que as fibras cumprem seu papel.

Fontes: 1 , 2 e 3.

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