O recente projeto apresentado pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) promete transformar a experiência turística em Uberaba através da criação de uma rota cicloviária pelo Geoparque Uberaba. Iniciado em 28 de abril de 2025, esse projeto de caráter inovador tem por objetivo estimular o cicloturismo e promover o uso sustentável da bicicleta, permitindo que turistas e moradores locais apreciem o rico patrimônio natural, histórico e cultural da região de forma segura e acessível.
Parceria e Integração Acadêmica
A UFTM, através de seus técnicos, docentes e alunos do curso de Engenharia Civil, surge como a força motriz desse projeto, sob a coordenação da professora Viviani Antunes Gomes Rodrigues. Sua abordagem interdisciplinar não apenas incorpora técnicas de mapeamento geoespacial e consultas a órgãos públicos para validação de dados, mas também enfatiza a análise da infraestrutura cicloviária existente. Isso garante que a rota seja desenvolvida com base em critérios rigorosos de segurança e acessibilidade, assegurando uma experiência enriquecedora para os usuários.
Impactos Econômicos e Sociais
Com a extensão do Geoparque cobrindo 4.540,51 km², a perspectiva de expandir o turismo de experiência na região não apenas dinamiza a economia local, mas também impulsiona setores de hospedagem, gastronomia e comércio. Além disso, esse projeto fortalece o uso da bicicleta como meio de transporte, promovendo inclusão social e melhorando a qualidade de vida dos cidadãos. A previsão é que o turismo de cicloturismo, um segmento em ascensão, continue a crescer, atendendo a um público cada vez maior que busca experiências autênticas de interação com o meio ambiente.
Tecnologias e Metodologias de Vanguarda
O desenvolvimento do projeto incorpora o uso de tecnologias avançadas, como sistemas de georreferenciamento e mapeamento digital. Essa abordagem facilita a coleta precisa de dados em campo e possibilita a elaboração de material informativo detalhado, incluindo mapas e descrições de rotas, que serão essenciais para a comunicação eficiente com turistas. O uso inteligente de tecnologias não só otimiza o planejamento e execução do projeto, mas também proporciona maiores oportunidades para parcerias com startups do setor de tecnologia que podem enriquecer ainda mais a experiência do cicloturista.
Desafios e Oportunidades
Embora o projeto apresente potenciais benefícios econômicos e sociais, suas limitações financeiras e infraestruturais representam desafios significativos. A segurança dos ciclistas, especialmente em trechos compartilhados com veículos, requer atenção contínua. O engajamento da comunidade local e de turistas é essencial para garantir a sustentabilidade a longo prazo do projeto. Contudo, essa iniciativa também abre portas para captação de recursos via editais de turismo sustentável e inovação, além de parcerias estratégicas com empresas de bicicletas e turismo.
Tendências e Expectativas Futuras
A popularidade crescente do turismo de experiência e ecoturismo, aliada à valorização de certificações internacionais como o selo de Geoparque Global da UNESCO, coloca Uberaba em um caminho promissor na cena global. Prevê-se que o crescimento do cicloturismo se mantenha entre 8% e 12% ao ano até 2030, potencializando investimentos no setor e solidificando o papel do Geoparque Uberaba como um destino turístico de renome nacional e internacional nos próximos anos.
Reflexão do Time do Blog da Engenharia
- Este projeto é um excelente exemplo de como a engenharia pode servir como um catalisador para o desenvolvimento econômico sustentável, integrando-se profundamente com a comunidade e o meio ambiente local.
- A interdisciplinaridade e inovação tecnológica são pilares fundamentais para o sucesso de empreitadas como esta, demonstrando o poder do uso estratégico de dados e tecnologia em projetos urbanos.
- Manter uma atenção constante aos desafios e buscar engajamento da população são elementos cruciais para que iniciativas desse porte possam prosperar e trazer os benefícios prometidos a longo prazo.
Via: Jornal da Manhã