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Garrafas de vidro liberam 50 vezes mais microplásticos que as de plástico, revela pesquisa

Garrafas de vidro liberam 50 vezes mais microplásticos que as de plástico, revela pesquisa

Um estudo inovador da agência francesa de segurança alimentar, ANSES, revelou uma descoberta surpreendente: bebidas armazenadas em garrafas de vidro contêm significativamente mais microplásticos do que aquelas em garrafas plásticas ou latas metálicas. Esse achado inesperado desafia a percepção comum de que o vidro é um material mais seguro e ambientalmente amigável em comparação com o plástico, trazendo à tona questões cruciais sobre segurança na embalagem de bebidas.

Maiores Níveis de Microplásticos em Garrafas de Vidro

De acordo com o estudo, bebidas em garrafas de vidro apresentaram, em média, cerca de 100 partículas de microplástico por litro. Esta quantidade pode ser até 50 vezes maior do que a encontrada em bebidas embaladas em plástico ou metal. A tinta das tampas de garrafas de vidro, ao se desgastar devido ao atrito durante o armazenamento, foi identificada como a principal fonte de microplásticos. Bebidas como refrigerantes, limonada e cerveja estão entre as mais afetadas, enquanto água e vinho apresentaram níveis menores de contaminação, mesmo quando armazenados em vidro.

Impactos no Setor de Bebidas e Consumo

A pesquisa destaca a necessidade de uma revisão urgente nos materiais e processos de embalagem utilizados pelas indústrias de bebidas. Firmas do setor, que incluem grandes fabricantes de refrigerantes e cervejas, serão pressionadas a melhorar suas práticas para mitigar a liberação de microplásticos, atendendo assim à crescente demanda por produtos seguros e sustentáveis. Ao mesmo tempo, essa descoberta pode influenciar significativamente o comportamento dos consumidores, levando-os a reavaliar a segurança das embalagens de vidro.

Desafios Regulamentares e Tecnológicos

Embora as regulamentos específicos para microplásticos em embalagens de bebidas ainda não existam, o estudo da ANSES pode catalisar a criação de normas tanto na União Europeia quanto globalmente. Isso pode estimular a inovação tecnológica, com foco em desenvolvimento de novos materiais e processos de fabricação de tampas, que não liberem micropartículas. A indústria de engenharia se encontra numa posição chave para oferecer soluções tecnológicas inovadoras que minimizem essa forma de contaminação.

Metodologia e Credibilidade da Pesquisa

Conduzida pela pesquisadora Iseline Chaib sob a direção de Guillaume Duflos, o estudo foi amplamente reconhecido pela metodologia rigorosa empregada, que incluiu análise microscópica e espectroscópica para identificar e quantificar as partículas de microplásticos. Publicado no *Journal of Food Composition and Analysis*, o relatório tem sido validado por reportagens e documentos oficiais da ANSES, consolidando sua credibilidade na comunidade científica.

Próximos Passos e Oportunidades de Inovação

O estudo pavimenta o caminho para futuras pesquisas sobre o impacto dos microplásticos na saúde humana e no meio ambiente. Identifica-se uma oportunidade significativa para a indústria de engenharia desenvolver tampas e revestimentos alternativos que não emitam partículas. Entretanto, qualquer solução deverá garantir a segurança e integridade dos produtos, com atenção para custos adicionais e impacto ambiental associado.

Reflexão do Time do Blog da Engenharia

  1. As revelações do estudo abrem a possibilidade de inovação no design de embalagens, um campo promissor para engenheiros.
  2. Questões sobre microplásticos evidenciam a necessidade urgente de novas regulamentações e práticas de segurança no setor industrial.
  3. A pesquisa destaca o papel crucial da engenharia sustentável na mitigação de impactos ambientais futuros.

Via: https://interestingengineering.com/culture/french-study-glass-bottles-50x-microplastics

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