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16 Psyche: Asteroide que pode ajudar a estudar a Terra

A missão Psyche da NASA tem o objetivo de explorar um asteroide de nome 16 Psyche, composto por metais como ferro e níquel. Esse asteroide está no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter. Vem comigo nesse artigo entender mais sobre essa missão!

Características da Missão

Seu lançamento ocorreu em 13 de outubro de 2023, pelo foguete Falcon Heavy da SpaceX no Centro Espacial Kennedy. A previsão de chegada ao asteroide é em 2029. O custo total estimado da missão é de mais de U$$ 1 bilhão, cerca de 4,9 bilhões de reais.

A grande maioria dos asteroides são compostos por rochas e minerais, esse em especifico se diferencia por se tratar de um asteroide de metais. Essa característica do 16 Psyche pode ter acontecido devido a perda de suas camadas ao longo do tempo deixando seu núcleo exposto.

Esses estudos da missão Psyche podem analisar a sua estrutura, composição e a história geológica dessa forma, podem ajudar a entender melhor a formação de Planetas como a Terra, que tem sua formação rochosa.

O asteroide 16 Psyche possui o diâmetro de 226km sendo 15,4 vezes menor que o diâmetro da Lua em comparação. A área desse asteroide é cerca de 165.800 km², um pouco maior que o território do Estado do Acre.

O comprimento da sonda Psyche é de 24,7 metros, aproximadamente o comprimento de uma quadra de tênis. A sonda contará com propulsão elétrica solar.

Equipamentos Científicos

A sonda Psyche possui diversos equipamentos científicos para realizar estudos no asteroide e coletar essas informações. Os principais equipamentos são:

Espectrômetros de Nêutrons e Raios Gama: ambos vão medir a composição do asteroide. Dessa forma, eles podem detectar os elementos na superfície do Psyche de acordo com a radiação emitida.

Magnetômetro: esse instrumento vai medir a existência do campo magnético do asteroide, diante disso, será possível entender melhor a origem do mesmo.

LIDAR: é responsável por medir a distância entre a sonda e a superfície do asteroide com uma alta definição, com o intuito de, realizar um mapeamento da topográfico do 16 Psyche e direcionamento da navegação.

Câmeras Multispectral: As câmeras também são essenciais para realizar capturas em alta definição da superfície do asteroide, e faz com que os cientistas possa analisar os diferentes tipos de rochas.

Gravímetro: A medida que a sonda se move ao redor do Psyche o gravímetro é responsável por verificar as variações de gravidade do asteroide, entendendo melhor a sua distribuição de massa.

Psyche
Montagem dos painéis solares da sonda Psyche. Fonte: NASA, 2022.
Tratamento dos dados

Além disso, a sonda irá testar uma nova tecnologia de comunicação a laser, que codifica dados em fótons em ondas de infravermelho ao invés de ondas de rádio. Esse tipo de comunicação permite que a sonda forneça mais dados em determinado período de tempo.

Na figura abaixo é possível ver a diferença entre os tipos de ondas, dessa maneira, o comprimento das ondas de rádios são maiores se comparadas as ondas de infravermelho.

Espectro Eletromagnético. Fonte: Brasil Escola.

Os cientistas e engenheiros da NASA examinam as informações coletadas pelos instrumentos científicos. Após um processamento inicial para calibração dos equipamentos, uma análise dos dados é feita de acordo com as características e padrões de cada área envolvida. Desse modo, modelos e teorias são aplicados para explicar os dados que foram estudados, além de comparações com outros corpos celestes.

Após essas análises e estudos, os resultados são publicados em revistas cientificas após revisão por pares (Revisão por pares é basicamente é uma validação feita por especialistas da mesma classe do autor da pesquisa, para elevar a qualidade do estudo, com comentários, sugestões e revisões.)

Cinturão de Asteroides

Há uma concentração de bilhões de asteroides de diversos tamanho com diâmetro desde alguns metros até centenas de metros. Esses asteroides assim como o 16 Psyche, possuem diferentes composições e orbitas, alguns podem guardar características da época da formação do sistema solar.

Representação do Sistema Solar, com o Cinturão de Asteroides entre as Órbitas de Marte e Júpiter. Fonte: Pinterest.

Essa enorme quantidade de asteroides são representam um risco para a Terra, ao mesmo se sofrerem alguma influencia de algum outro objeto celeste para fazer com que sua orbita venha em direção ao Terra. No entanto, um pouco mais próximo a nós temos a missão Chandrayaan da Índia, na busca por recursos na Lua.

Devido a esses asteroides orbitarem o Sol dentro do cinturão, eles não cruzam a órbita da Terra. Caso algum um desses asteroides ou qualquer outro objeto vir em direção a Terra é feito um monitoramento e classificação com relação ao seu risco de impacto com o Planeta.

Os NEOS ou Near-Earth Objects (Objetos Próximos à Terra) são asteroides e cometas que tem sua orbita próxima a da Terra. Dessa maneira, algumas agências espaciais possuem programas espaciais dedicados a rastrear esses objetos e desenvolver planos para eventuais missões para eliminar esses riscos.

Em resumo, essas missões nos permitem entender melhor a formação do nosso sistema solar, principalmente do Planeta Terra. Nesse sentido, nos permite desenvolver novas tecnologias, novos métodos e novas maneiras de entender melhor o nosso passado e projetar o futuro!

Fontes: NASA, Psyche (ASU).

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