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Tecnologia da China pode ser entrave para SP liderar hospital da USP

A implementação do primeiro hospital inteligente do SUS no complexo do Hospital das Clínicas da USP promete revolucionar o atendimento público. Com tecnologias de ponta, o projeto alia inovação digital à alta complexidade da saúde brasileira.

Inspirado em modelos chineses, o projeto ITMI-Brasil integra inteligência artificial, big data e conectividade 5G para modernizar a gestão hospitalar e a regulação de leitos, promovendo eficiência e redução do tempo de internação. A cooperação estratégica entre Brasil e China, mediada pelo Centro Chinês da USP e financiada pelo banco do BRICS, destaca a importância desse intercâmbio internacional para impulsionar inovação na saúde digital.

Com um investimento previsto de US$ 320 milhões e uma área de 150 mil metros quadrados, o hospital inteligente visa inicialmente conectar 10 UTIs em todo o país. A tecnologia permitirá monitoramento remoto, triagem automatizada e atendimento humanizado, combinando automação hospitalar com ensino remoto. A expectativa é que a aplicação de IA e sistemas 5G reduza significativamente os tempos de espera e aumente a eficiência do SUS.

O projeto não só tem potencial para transformar o sistema público de saúde como também posiciona São Paulo na vanguarda da inovação tecnológica em saúde. Porém, a dependência da tecnologia chinesa coloca desafios regulatórios e geopolíticos que precisam ser geridos para garantir soberania tecnológica e transferência efetiva de conhecimento.

Nova tecnologia de engenharia química amplia possibilidades para entrega direcionada de medicamentos

Nova tecnologia de engenharia química amplia possibilidades para entrega direcionada de medicamentos

A inovação das entregas direcionadas de medicamentos vem ganhando um novo capítulo nas mãos de pesquisadores da The Grainger College of Engineering da University of Illinois Urbana-Champaign. Sob a liderança do professor Hua Wang, a equipe obteve sucesso na aplicação do método de rotulagem metabólica em plaquetas, conforme publicado na *Materials Today Bio*. Este avanço se mostra promissor por permitir a manipulação química dessas células anucleadas, usando açúcares modificados que se ligam às glicanas de superfície das plaquetas. Esta técnica abre caminho para aplicações terapêuticas que podem transformar o campo da medicina personalizada e entrega de medicamentos.

Rotulagem Metabólica: Uma Nova Fronteira

A rotulagem metabólica de glicanas consiste na incorporação de açúcares modificados nas moléculas de glicana presentes na superfície das células, funcionando como âncoras para agentes terapêuticos. No caso das plaquetas, a ausência de núcleo sempre representou um desafio para modificações genéticas, mas a abordagem química desenvolvida pelo time de Wang permite que essas células agora desempenhem um papel fundamental no transporte de fármacos. A inovação pode representar uma evolução comparável à rotulagem em células nucleadas, sendo um verdadeiro marco na biotecnologia e nanotecnologia aplicada à saúde.

Impacto no Mercado de Entrega de Medicamentos

O mercado de entrega direcionada de medicamentos está em expansão e projeta atingir US$ 24,9 bilhões até 2030. Empresas renomadas, como AbbVie e Pfizer, estão ativamente envolvidas em avançar tecnologias de entrega, incluindo nanocarregadores e conjugados anticorpo-fármaco. A aplicação inovadora de rotulagem metabólica em plaquetas pode aumentar ainda mais essa competitividade, oferecendo oportunidades inéditas para tratamentos personalizados e impulsionando avanços na medicina de precisão e terapias celulares.

Desafios e Oportunidades

Apesar de promissora, a tecnologia enfrenta desafios significativos. O processo precisa ser escalável e deve passar por rigorosos testes de segurança e eficácia para aplicação clínica. Reações imunológicas e exigências regulatórias são obstáculos a serem superados para garantir que os novos tratamentos cheguem ao mercado. Contudo, as oportunidades são vastas. Há potencial para desenvolver plataformas para entrega de quimioterápicos, imunomoduladores e novas terapias diagnósticas com maior precisão.

Potenciais Desdobramentos na Saúde

O uso de plaquetas rotuladas para entrega de medicamentos pode transformar não apenas tratamentos contra o câncer, mas também no tratamento de distúrbios hematológicos e doenças autoimunes. As aplicações diagnósticas também são um campo fértil, prometendo fornecer métodos de imagem mais detalhados e menos invasivos, o que pode melhorar o diagnóstico precoce e acompanhamento de diversas condições de saúde.

Próximos Passos e Considerações Finais

Para aproveitar ao máximo essa tecnologia emergente, será crucial realizar estudos pré-clínicos detalhados que verifiquem sua segurança e eficácia. Estabelecer parcerias com empresas farmacêuticas para co-desenvolvimento será essencial para levar tais inovações ao mercado. Além disso, é vital considerar como a tecnologia pode ser aplicada em um espectro mais amplo de doenças, expandindo seu impacto na saúde pública mundial.

Reflexão do Time do Blog da Engenharia

  1. Esta inovação destaca o papel crucial da engenharia química em revolucionar terapias médicas e criar novas oportunidades no mercado.
  2. A rotulagem metabólica de plaquetas representa um avanço significativo na biotecnologia para a medicina personalizada, com potencial para melhorar drasticamente os resultados dos pacientes.
  3. É essencial que os processos industriais sejam adaptados para incorporar essas novas técnicas em grande escala.

Via: https://www.newswise.com/articles/new-chemical-engineering-application-expands-possibilities-for-targeted-drug-delivery

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