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Testes em reator nuclear mostram que ímãs resfriados bloqueiam bombardeio de nêutrons

Testes em reator nuclear mostram que ímãs resfriados bloqueiam bombardeio de nêutrons

O avanço na tecnologia de fusão nuclear tem o potencial de revolucionar o setor energético global, trazendo uma fonte de energia limpa, segura e efetivamente ilimitada. Recentemente, o Massachusetts Institute of Technology (MIT) realizou um marco significativo nesse campo, testando com sucesso ímãs supercondutores de alta temperatura, essenciais para o desenvolvimento de um reator de fusão do tipo tokamak. Esta inovação se concentra na criação do protótipo de reator SPARC, que visa produzir aproximadamente 100 MW de potência, um passo crucial rumo à energia de fusão viável comercialmente.

Inovação Tecnológica no MIT

O projeto do MIT, em colaboração com a Commonwealth Fusion Systems (CFS), está na vanguarda da pesquisa em fusão nuclear. Utilizando ímãs supercondutores de alta temperatura, eles conseguiram alcançar um campo magnético de 20 teslas com um eletroímã supercondutor, um feito que quebra recordes anteriores de força magnética. Com 16 placas supercondutoras empilhadas no ímã, a infraestrutura está preparada para suportar as exigências extremas de um reator de fusão nuclear, onde o plasma precisa ser mantido estável e confinado dentro do tokamak.

Dados Significativos e Alvos Futuristas

Os números por trás do projeto são impressionantes: o SPARC, embora seja cerca de metade do tamanho do futuro reator comercial ARC planejado, pretende produzir 100 MW de energia, com uma previsão de duplicação para 200 MW no ARC. Estas ambições ressaltam um desenvolvimento que começou a ganhar forma em 2018, com o teste bem-sucedido do eletroímã em setembro de 2021, e a construção do protótipo SPARC prevista para ocorrer perto de 2025.

O Contexto da Fusão Nuclear em Perspectiva

O uso da fusão nuclear como uma fonte de energia tem sido explorado por décadas, com a intenção de replicar o processo que alimenta as estrelas. Globalmente, projetos como o ITER (Reator Experimental Termonuclear Internacional), ainda que utilizem supercondutores de baixa temperatura, também contribuem para essa pesquisa conjunta. No entanto, a inovação dos ímãs supercondutores de alta temperatura pelo MIT pode catalisar uma rápida transição para a viabilização comercial da tecnologia de fusão, prometendo uma energia mais acessível e sustentável.

Impacto Econômico e Ambiental Potencial

Uma das maiores promessas da fusão nuclear é a sua capacidade de reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa, oferendo uma alternativa segura e limpa em contraste com a fissão nuclear, que gera resíduos radioativos problemáticos. A potencial abundância de recursos necessários, como deutério e lítio, torna esta tecnologia ainda mais atrativa. Economicamente, enquanto os custos iniciais são elevados, a previsão é que a energia de fusão se torne uma opção economicamente viável, assegurando uma diminuição notável nos custos de energia a longo prazo e a geração de novos empregos no setor de tecnologia de fusão.

Desafios e Oportunidades

Apesar das vantagens, a fusão nuclear ainda enfrenta desafios técnicos significativos. Alcançar e sustentar as temperaturas necessárias para a fusão, além de lidar com os custos de desenvolvimento e implementação, são barreiras que necessitam de superação. Ademais, as implicações éticas e sociais precisam ser cuidadosamente consideradas durante o desenvolvimento dessas tecnologias. Não obstante, as oportunidades são vastas, com a capacidade de atender à crescente demanda energética global e melhorar a segurança energética ao reduzir a dependência de combustíveis fósseis são grandes impulsionadores do progresso contínuo nessa área.

Reflexão do Time do Blog da Engenharia

  1. A inovação em supercondutores de alta temperatura impulsiona a engenharia de fusão para novos patamares.
  2. Os investimentos e colaborações internacionais são cruciais para materializar os benefícios previstos da fusão nuclear.
  3. É imperativo um equilíbrio entre o desenvolvimento tecnológico rápido e a consideração das implicações éticas e ambientais.

Via: https://interestingengineering.com/energy/mit-superconducting-magnets-fusion

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