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USP e Unicamp se destacam no cenário mundial

Unicamp integrará rede internacional de universidades

As duas Universidades Paulistas, USP e UNICAMP são destaque, nesta semana, no cenário internacional.

A USP consegue um feito inédito: Universidade que mais forma doutores no mundo, segundo pesquisa da Universidade Jiao Tong, de Xangai, na China. O anúncio foi feito pela instituição chinesa mas não surpreendeu o pró-reitor de Pós-Graduação, professor Vahan Agopyan. Ele confirmou o título: “Desde 1965, a Universidade vem desenvolvendo um papel decidivo na pós-graduação brasileira”.

Chamada de “Celeiro de Cérebros”, a USP contabiliza números expressivos: mais de 2 mil doutores são tituladas anualmente. O ranking mostrou que a USP é também a terceira colocada em verba anual para pesquisa, entre 627 universidades, a quinta em número de artigos científicos publicados e 21ª em porcentagem de professores com doutorado,entre 286 universidade.
Em Campinas, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) foi admitida como o 19º membro e o primeiro na América Latina da Worldwide Universities Network (WUN), uma das mais renomadas redes de universidades do mundo.

A assinatura do memorando de entendimento para a entrada da Unicamp na rede internacional ocorrerá em maio, durante a reunião anual da WUN, que será realizada em Londres, na Inglaterra.
O acordo valerá inicialmente por três anos e poderá ser renovado de forma contínua após esse período. De acordo com John Hearn, diretor executivo da WUN, a rede vinha procurando uma parceira latino-americana nos últimos anos. “Era uma das nossas prioridades”, disse.
Por sua vez, a Unicamp também vinha estudando a possibilidade de ingressar em um seleto grupo de universidades internacionais. “Estava faltando no projeto de internacionalização da Unicamp a participação em uma rede prestigiosa como essa”, disse Leandro Tessler, coordenador de relações institucionais e internacionais da universidade.
Como membro da WUN, a Unicamp poderá participar dos chamados “Global Challenges” – programas que reúnem dezenas de grupos de pesquisa interdisciplinar vinculados à rede em torno de quatro assuntos de interesse mundial: mudança climática e segurança alimentar; saúde pública e doenças não comunicáveis (câncer, diabetes e outras doenças não transmissíveis); reforma do ensino superior e da pesquisa; e compreensão de culturas.
A Unicamp também poderá estabelecer colaborações para o intercâmbio de pesquisadores e alunos de pós-graduação com outras integrantes da rede, além de compartilhar recursos para ensino e concorrer aos financiamentos oferecidos pela WUN.
A Unicamp deverá criar um comitê interno para cuidar dos assuntos relacionados à participação na rede. A universidade já mantém relacionamento próximo com duas de suas futuras parceiras na rede: a Universidade de Wisconsin em Madison, nos Estados Unidos, e a Universidade de Alberta, no Canadá.
Das 18 universidades que compõem a WUN atualmente, cinco estão no Reino Unido e quatro nos Estados Unidos. Há ainda duas na Austrália, duas na China e uma na África do Sul, no Canadá, em Hong Kong, na Noruega e na Nova Zelândia. O Brasil será o terceiro país emergente com uma representante na rede.

A Unicamp é uma autarquia, autônoma em política educacional, mas subordinada ao governo estadual no que se refere a subsídios para a sua operação. Assim, os recursos financeiros são obtidos principalmente do Governo do Estado de São Paulo e de instituições nacionais e internacionais de fomento. O local físico onde se situa a Universidade Estadual de Campinas foi ocupado, em outras épocas por cafezais e canaviais. O seu campus tem o nome do seu fundador, Zeferino Vaz, que foi quem a sonhou e a viu nascer, em 5 de outubro de 1966, data de sua instalação oficial.
A Cidade Universitária “Zeferino Vaz” se localiza no distrito de Barão Geraldo, região noroeste de Campinas. Fica a 12 km do centro da cidade. A estrada que liga Campinas a Paulínia (SP-332), passando por Barão Geraldo, é mais conhecida por “Tapetão” no trecho entre o bairro Vila Nova e a Rodovia D. Pedro I, próximo da Unicamp. A Rodovia D. Pedro I, que interliga a Via Anhanguera à Via Dutra, tem dois acessos ao campus, um no trevo com a SP-332 e outro próximo da Puc-Campinas, no Parque Universitário.
Via: Crea-SP

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