“12 milhões da DOE: GE Revoluciona Turbinas a Gás 100% Hidrogênio”

O avanço das turbinas a gás movidas 100% a hidrogênio pela GE marca um ponto de virada significativo na indústria energética, alinhando-se aos esforços globais de descarbonização. Com o apoio de financiamento substancial do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE), a GE está na vanguarda ao enfrentar os desafios técnicos associados ao uso de hidrogênio em sistemas de turbinas a gás. Recentemente, a empresa conseguiu garantir mais de 12 milhões de dólares para projetos focados no desenvolvimento e teste dos componentes essenciais necessários para a combustão eficiente de hidrogênio puro.

Desenvolvimento e Investimento

A jornada da GE rumo às turbinas alimentadas exclusivamente por hidrogênio está sendo pavimentada com investimentos estratégicos e parcerias governamentais. Com o financiamento do DOE, a empresa está explorando a integração de quantidades crescentes de hidrogênio em suas plataformas de turbinas a gás. Esses esforços incluem projetos focados no desenvolvimento de componentes que suportem misturas de combustível de gás natural com hidrogênio e eventual transição para 100% hidrogênio. No centro desse desenvolvimento, encontra-se a instalação de testes de combustão da GE em Niskayuna, Nova York, onde componentes são submetidos a rigorosos testes operacionais.

Desafios Técnicos e Soluções Inovadoras

A substituição do gás natural por hidrogênio nas turbinas a gás apresenta desafios técnicos relacionados à maior reatividade e dinâmicas de combustão do hidrogênio. A GE está desenvolvendo soluções inovadoras para lidar com essas questões. Pesquisa e testes extensivos focam na operação híbrida inicial, com avanços planejados para acomodar hidrogênio em concentrações maiores. A empresa está empenhada em criar um sistema que mantenha a eficiência e estabilidade, mesmo quando o hidrogênio alcançar 100% de participação no combustível utilizado.

Progresso Existente e Demonstrações Práticas

A GE não apenas teorizou sobre estas tecnologias; ela já realizou demonstrações práticas de suas capacidades inovadoras. Um marco neste caminho é a colaboração com o Long Ridge Energy Terminal, que resultou na primeira usina avançada de energia a queimar hidrogênio em Hannibal, Ohio. Utilizando uma turbina a gás GE 7HA.02, a planta inicialmente queima até 20% de hidrogênio por volume, com previsões otimistas de expansão desse percentual. Essa demonstração não apenas valida a tecnologia, mas também comprova sua aplicabilidade no mundo real.

Planos Futuros e Implantação Comercial

O próximo grande passo da GE envolve o lançamento comercial de turbinas a gás movidas 100% por hidrogênio, liderado pelo braço de energia renovável GE Vernova. Com isso em mente, já está em andamento o projeto da planta de energia de hidrogênio Whyalla, na Austrália do Sul. Com previsão de início das operações em 2026, a planta contará com quatro turbinas aeroderivativas LM6000VELOX da GE, operando exclusivamente com hidrogênio renovável produzido a partir do excesso de energia solar e eólica. Esta instalação será capaz de oferecer até 200 megawatts de capacidade combinada, assegurando a estabilidade da rede mesmo em demanda alta ou baixa oferta de energia renovável.

Impacto e Benefícios do Uso de Hidrogênio

O uso de turbinas a gás alimentadas exclusivamente por hidrogênio oferece benefícios ambientais incontestáveis, especialmente na produção de energia com zero emissão de carbono. Ao funcionar com hidrogênio 100% renovável, essas turbinas não geram emissões de CO2, alinhando-se com os objetivos globais de redução de carbono. Além disso, oferecem flexibilidade e confiabilidade à grade de energia, fornecendo uma fonte de energia estável quando fontes renováveis são insuficientes, suportando, assim, uma transição energética sustentável.

Reflexão do Time do Blog da Engenharia

1. O uso de hidrogênio como combustível impacta enormemente as metas de sustentabilidade no setor de engenharia.
2. A parceria entre indústria e governo é crucial para o sucesso dessas tecnologias inovadoras.
3. Os desafios técnicos enfrentados agora são passos necessários para um futuro energética mais limpo e eficiente.

Via: Interesting Engineering