No decorrer dos estudos sobre a evolução reprodutiva dos primatas, surge uma descoberta fascinante: há aproximadamente 60 milhões de anos, o nascimento de gêmeos era uma prática comum entre os ancestrais desses mamíferos. Este comportamento, hoje um tanto raro entre os humanos e seus parentes mais próximos, desperta curiosidade sobre como e por que este método de reprodução mudou ao longo de milênios.
Evolução da História das Partos de Gêmeos em Primatas
Análises sugerem que os primatas primordiais, há cerca de 60 milhões de anos, adotavam o nascimento de gêmeos como estratégia reprodutiva padrão. Este comportamento contrasta com a norma atual onde, normalmente, os primatas – humanos inclusos – geram um único descendente por gestação. Pesquisas indicam que essa prática antiga oferecia vantagens adaptativas em um mundo repleto de desafios ambientais e predatórios.
Transição de Nascimentos de Gêmeos para Solitários
A transformação de nascimentos múltiplos para solitários possivelmente ocorreu há 50 milhões de anos, coincidindo com o aumento evolutivo do tamanho cerebral e corporal nos primatas. Esse desenvolvimento resultou em um único filhote por gestação que, maior e mais desenvolvido, poderia beneficiar-se de maior atenção e recursos maternos, aumentando suas chances de sobrevivência na complexidade ambiental daquela época.
Motivos para a Mudança
O aumento do tamanho cerebral, especialmente a encefalização, foi crucial nessa transição. Infantes humanos nascem com cabeças relativamente grandes para acomodar cérebros em rápido desenvolvimento, exigindo considerável energia e cuidado. Essa característica tornou o parto de gêmeos menos praticável, principalmente em primatas de grande porte, que se beneficiavam mais produzindo um único infante por gestação.
Implicações Modernas
Na atualidade, partos de gêmeos são incomuns, constituindo cerca de 1,1-1,5% das gestações naturais ao redor do mundo. Contudo, os avanços em tecnologias reprodutivas aumentaram essa taxa para cerca de 3% em algumas regiões nas últimas cinco décadas. A demanda por técnicas de fertilização assistida impulsiona esse crescimento, refletindo um impacto direto das inovações tecnológicas na prática médica e no planejamento familiar.
Diferenças Reprodutivas e Fisiológicas
O estudo ainda revela que o tamanho da ninhada se relaciona com o tempo de gestação, onde animais com ninhadas maiores tendem a ter gestações mais curtas. Nos humanos, gestações de gêmeos frequentemente resultam em partos anteriores ao termo completo de 40 semanas característico dos nascimentos singulares, geralmente culminando por volta de 38 semanas. Este fenômeno destaca desafios na medicina neonatal moderna e em cuidados perinatais.
Reflexão do Blog da Engenharia sobre mercado Chinês
- Observa-se que o mercado chinês de engenharia está cada vez mais envolvido em inovações tecnológicas, influenciando globalmente a forma como tecnologias reprodutivas são aplicadas.
- A aceleração do desenvolvimento urbano e tecnológico na China pode oferecer ambientes propícios para pesquisas mais profundas em biotecnologia e saúde, incluindo estudos sobre reprodução humana.
- Com crescente investimento em ciência e tecnologia, a China posiciona-se como um futuro líder na pesquisa biogenética, influenciando práticas reprodutivas e soluções médicas internacionalmente.
Via: https://interestingengineering.com/science/primate-ancestors-gave-birth-twins-60-million-years-ago