Recentemente, o mundo da tecnologia foi abalado por um processo judicial significativo envolvendo a Meta, empresa de Mark Zuckerberg, e sua utilização de materiais protegidos por direitos autorais para treinar seus modelos de inteligência artificial, denominados Llama. O caso levanta questões cruciais sobre ética e legalidade no uso de dados, desafiando a indústria a considerar os limites das práticas da engenharia no desenvolvimento tecnológico.
Uso de Dados Piratas na Meta
Em uma defesa controversa, foi revelado que Mark Zuckerberg, CEO da Meta, autorizou o uso de um conjunto de dados composto por ebooks e artigos pirateados, conhecido como LibGen, para treinar os modelos de IA da empresa. Esta decisão gerou preocupações internas entre os executivos e funcionários da Meta, que receavam que a prática pudesse prejudicar suas negociações com reguladores. O LibGen é conhecido como uma “biblioteca sombra” que agrega links para obras protegidas por direito autoral de diversas editoras renomadas, como Cengage Learning e Pearson Education, o que já lhe rendeu vários processos judiciais.
Alegações de Infringência de Direitos Autorais
A Meta enfrenta acusações de tentativa de ocultação de dados relativos a direitos autorais, semeando ainda mais polêmica. Foi alegado que a empresa removeu informações de direitos autorais dos dados do LibGen para evitar que o Llama gerasse saídas que alertassem os usuários sobre possíveis infrações. Nikolay Bashlykov, engenheiro da Meta, teria criado um script para remover termos como “copyright” e “acknowledgments” dos ebooks e artigos científicos utilizados, evidenciando assim uma tentativa de evitar publicidade negativa.
Defesa de Uso Justo
A Meta argumenta que o uso das obras protegidas é defendido pela doutrina de “uso justo” dos Estados Unidos, que permite o uso de material protegido de maneira transformadora. Contudo, os autores do processo, incluindo nomes de peso como Sarah Silverman, refutam essa defesa, alegando que tais práticas saltam a linha do aceitável, configurando uma forma de infração aos direitos autorais.
Impactos Legais e Repercussões
O caso, nomeado Kadrey vs Meta, destaca como as ações da empresa podem ser interpretadas como uma violação dos direitos autorais, uma vez que a Meta teria ignorado métodos legais para obter as obras e optado por participar de uma rede ilegal de compartilhamento por torrent. O tribunal já rejeitou um pedido da Meta de manter grandes partes do processo em sigilo, evidenciando que o pedido visava evitar publicidade negativa em vez de proteger informações comerciais sensíveis.
Tendências no Mercado da Robótica
Este cenário abre espaço para discutir como práticas de engenharia podem influenciar o mercado da robótica. A utilização de dados para treinar IAs é uma prática comum, mas esse caso chama a atenção para a importância de garantir que tais atividades estejam em conformidade com a lei. Como as empresas de tecnologia navegam nesse campo minado sem comprometer a inovação continua sendo uma questão aberta, enquanto novas regulamentações podem surgir como resposta a esses desafios.
Reflexão do Blog da Engenharia sobre mercado Chinês
- A crescente influência do mercado chinês na tecnologia desafia empresas ocidentais a acelerar inovações.
- Regulamentações mais rígidas na China podem servir de modelo para legislações globais sobre direitos autorais e dados.
- Cooperação internacional pode minimizar conflitos legais e promover o desenvolvimento ético em tecnologia.
Um dos eventos mais esperados do ano, o ‘What’s New’, abordará estas e outras questões, compartilhando insights valiosos sobre os impactos legais e éticos da uso de IA na engenharia. Participe para se manter atualizado sobre práticas seguras e inovadoras no setor.
Via: [https://techcrunch.com/2025/01/09/mark-zuckerberg-gave-metas-llama-team-the-ok-to-train-on-copyrighted-works-filing-claims](https://techcrunch.com/2025/01/09/mark-zuckerberg-gave-metas-llama-team-the-ok-to-train-on-copyrighted-works-filing-claims)