O mundo da engenharia nuclear está em constante evolução, e um dos projetos mais impressionantes atualmente em andamento é o Reator Rápido de Pesquisa Multipropósito (MBIR) na Rússia. Este reator promete ser um marco não apenas em termos de capacidade, mas também em termos de contribuições científicas para a comunidade internacional. A seguir, exploramos os detalhes por trás da construção e operação deste empreendimento inovador.
Construção e Instalação
A construção do MBIR está ocorrendo no Centro Científico Estatal “Instituto de Reatores Atômicos” (NIIAR) em Dimitrovgrad, na região de Ulyanovsk, Rússia. Iniciada em setembro de 2015, a obra avançou significativamente e, a partir de 2021, entrou na fase de instalação. O reator é projetado para ser o mais poderoso do mundo, com uma capacidade de 150 MW. Ele é resfriado por sódio, característica esta que o classifica como um reator rápido de nêutrons. Um feito significativo foi a conclusão da instalação do nível superior da torre de resfriamento, que atingiu sua altura projetada de 52 metros em janeiro de 2023. O vaso do reator, que possui características impressionantes como espessura de 25 a 50 mm e peso de mais de 83 toneladas, também foi posto em sua posição de design.
Características Inovadoras e Relevância Científica
O MBIR substituirá o BOR-60, um reator rápido piloto de 60 MW operando desde 1969. O novo reator irá abrir avenidas para o estudo de tecnologias nucleares de dois componentes e o fechamento do ciclo do combustível nuclear. Espera-se que contribua para o desenvolvimento de tecnologias inovadoras na produção de radioisótopos e materiais modificados, além de continuar a gerar eletricidade e calor. Os esforços de pesquisa e desenvolvimento em reatores da quarta geração e investigação fundamental avançada de nêutrons também são áreas de foco. A relevância do MBIR é ainda ampliada por sua potencial participação em projetos de instalações nucleares seguras de 4ª geração.
Colaboração Internacional e Impacto no Mercado
O MBIR foi concebido como um projeto internacional, com negociações ativas envolvendo países como China, França e Sérvia, entre outros. A criação do consórcio “Centro Internacional de Pesquisa baseado no Reator MBIR” estabelece a base para colaborações futuras. À medida que o projeto avança, espera-se que ele impulsione insights significativos no mercado de tecnologia de engenharia, não apenas em termos de inovações em energia nuclear, mas também na cooperação internacional em ciência e tecnologia. A expectativa é de que a licença operacional seja obtida pela Rosatom em 2027, e o reator comece suas operações no ano seguinte.
Perguntas para Discussão
- Quais são os principais desafios enfrentados na construção de reatores como o MBIR?
- Como o MBIR pode impactar avanços futuros na energia nuclear?
- Que papéis outros países podem desempenhar no sucesso do MBIR?