No dia 29 de abril de 2021, a Agência Espacial Chinesa (CNSA) deu o primeiro passo para a construção da sua mais nova estação espacial, a Tiangong-3 (TSS). Segundo informações, essa é a terceira projetada pelo país asiático.
Nessa data, foi lançado em órbita o módulo central Tianhe pelo foguete Longa Marcha 5B.
A China tomou essa iniciativa por questões políticas, já que não aderiu ao projeto e construção da Estação Espacial Internacional (ISS), construída pelos Estados Unidos, Canadá, Rússia, Japão e União Europeia.
Tiangong-3
Com o rápido avanço da tecnologia espacial chinesa, o projeto da Grande Estação Espacial Modular da China foi retirado do papel.
A princípio, acoplado ao módulo Tianhe estará mais dois laboratórios complementares, o Mengtian e o Wentian. Seu peso total é estimado em 100 toneladas e, atualmente, está na órbita baixa da Terra, a cerca de 400 quilômetros do solo.
A TSS pode ser comparada com a antiga estação russa Mir em termos de dimensões, com 16,6 metros de comprimento e 4 metros de diâmetro em média, ou seja, em torno de um quarto do tamanho da ISS.
Além disso, a estação ainda contará com um telescópio moderno e poderosíssimo, o Xuntian, que tem um campo de visão 300 vezes mais amplo do que seu concorrente ocidental, o Hubble.
A previsão é que haja mais dez missões em um prazo de 18 meses para a conclusão do projeto. Entretanto, esse prazo poderá sofrer alterações, variando de acordo com andamento de outras etapas.
De maneira idêntica à ISS, será usada para experimentos científicos de microgravidade, físicos, medicina espacial, entre outros. Permitirá, também, a estadia de tripulantes por até 6 meses. O tempo de vida útil é de 15 anos.
Através desse link, você pode fazer uma visita virtual em 3D a nova estação espacial.
Módulo Tianhe
Como a construção de uma estação espacial acontece em etapas, a primeira delas foi lançar apenas o módulo principal, chamado de Tianhe.
Esse módulo é capaz de fornecer suporte para vida, controle de orientação e navegação, bem como, energia e propulsão. É dividido em três seções: residencial habitável, serviço inabitável e centro de acoplamento.
Sempre que necessário, a estação estará preparada para receber até quatro veículos espaciais.
A China e seu programa espacial
Apesar de pouco divulgado, o programa chinês está muito avançado. Vimos, há poucas semanas, o grande pouso na superfície marciana do rover Zhurong, fato conseguido anteriormente apenas pelos Estados Unidos.
Outras missões também estão sendo anunciadas, como coletar amostras de solo de asteroide e levar pessoas à Lua, num futuro não tão distante.
O país não está interessado em cooperação com outras nações, embora alguns países já tenham demonstrado interesse em realizar experimentos na nova estação.