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OKR: Entenda a metodologia de gestão do Google

O OKR, sigla derivada do inglês Objective and Key Results – Objetivos e Resultados Chave – surgiu nos anos 70 quando Andy Grove, na época vice-presidente da Intel, ministrava para uma plateia de engenheiros, um seminário sobre estratégia e operações na empresa.

O conceito, na época denominado iMBOs, do inglês Intel Management by Objectives – Gerenciamento Intel por Objetivos – foi apresentado à John Doerr que nos anos 90 introduziu o modelo de gestão OKR ao Google, a partir dos preceitos e lições do iMBOs.

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Larry Page e John Doerr

No livro Avalie o que Importa, de John Doerr, Larry Page, cofundador do Google, menciona

“Os OKRs nos ajudaram a crescer dez vezes mais. Até mais em alguns casos. Eles nos ajudaram a tornar nossa missão louca de ‘organizar as informações do mundo’ viável” – Larry Page

Ao longo dos anos, outras grandes empresas como o LinkedIn, Twitter, Dropbox, Spotify, adotaram o modelo, o que ajudou a consagrar o OKR como o “queridinho das start-ups”.

Hoje, a minha proposta é fazê-lo entender e ajudá-lo a aplicar o modelo de gestão que vem, cada vez mais, ganhando espaço nesse grande universo do gerenciamento de projetos.

O que são os Objetivos e os Resultados Chave?

O que é OKR? Aprenda aqui! - ProMove

Um OKR é, essencialmente, composto por duas fases: O Objetivo e os Resultados Chave. O Objetivo é naturalmente delimitado pela pergunta “O que deve ser alcançado?”.

Em seu livro, John Doerr recomenda que os Objetivos sejam significativos, concretos e orientados por ações. Significativo, pois, além da conclusão do Objetivo ser intrinsicamente valiosa para seu Macro Objetivo, o próprio ideal de conclusão será combustível para inflamar o seu anseio pelo alto desempenho. O Objetivo também deve ser concreto, isto é, claro e não deixar espaço para dúvidas se foi alçando ou não ao fim do prazo determinado.

Por fim, deve ser orientado por ações, ou seja, específico, a fim de que seja fácil determinar quais ações devem ser estabelecidas para concluí-lo.

Já os Resultados Chave (KRs) são os indicadores que lhe ajudarão a monitorar se está no caminho certo para alcançar o Objetivo. Se o Objetivo é “O que?”, as KRs são o “Como?”. Pergunte-se “como posso chegar ao Objetivo?”.

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Suas KRs devem ser específicas, limitadas dentro de um tempo estabelecido – em Administração de Alta Performance, Grove recomenda um trimestre – sucintos e, principalmente, mensurável por números.

Além disso, é importante ressaltar esta última característica, pois caso contrário, você corre o risco de apenas fazer uma lista de tarefas a serem realizadas ao invés de um OKR. “Aumentar o tráfego orgânico do Blog até fevereiro” é uma tarefa. “Aumentar o tráfego orgânico do Blog de 26% para 34% até fevereiro” é uma KR.

Seja Audacioso 

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A Teoria do Estabelecimento de Metas foi proposta pelo renomado psicólogo Edwin A. Looke há mais de seis décadas. Ela sugere que metas árduas de serem alcançadas suscitam em melhor desempenho quando bem aceitas pelos funcionários. De lá pra cá, muitos estudos realizados pela comunidade científica confirmaram a teoria.

Daí, nasce o conceito de Stretch Goals – no português, Metas Alongadas – que são alvos intencionalmente projetados para serem árduos e custosos de serem concluídos.

Ao fazer um OKR, vale a pena utilizar das Stretch Goals de vez em quando, isso porque mesmo que você alcance apenas 60% ou 70% da meta alongada, ainda obterá maior desempenho que um objetivo “normal”. Se você sempre alcança os 100%, talvez suas metas não estejam tão ousadas assim.

Como acompanhar um OKR?

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Como qualquer plano de meta, é imprescindível fazer o acompanhamento do seu OKR até o prazo final.  O ideal é realizar Check-ins semanais e, caso o OKR seja de uma equipe, busque não ultrapassar o tempo de 1 hora de reunião.

Os Check-ins o ajudarão a reforçar sua motivação e a cultura do OKR no ambiente de trabalho.

Nas reuniões, sempre foque em aperfeiçoar o resultado e não justificar os motivos dos resultados ruins. Mensure os números, compare os resultados obtidos com a expectativa definida anteriormente. Busque entender o que você fez que deu certo e o que não deu, além de possíveis Impedimentos Externos que podem ter comprometido a evolução do seu OKR.

Portanto, revise as Iniciativas, isto é, o que você pode fazer para retomar os bons resultados obtidos e evoluir.  Com isso, a cada Check-in, suas ações se tornarão mais afiadas, o que lhe permitirá alcançar seu objetivo de forma mais prazerosa e bem sucedida!


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