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Sites estão rastreando você através da sua "impressão digital" no navegador, alertam pesquisadores

Sites estão rastreando você através da sua “impressão digital” no navegador, alertam pesquisadores

Em um cenário onde a privacidade digital se torna cada vez mais preciosa, uma pesquisa recente liderada pela Universidade Texas A&M trouxe à tona uma questão antes apenas suspeitada pela comunidade de privacidade: o uso disseminado do “fingerprinting” de navegadores como uma técnica furtiva de rastreamento online. Apresentado na prestigiada ACM Web Conference de 2025, este estudo não apenas confirmou a prática, mas também forneceu evidências concretas, gerando um debate significativo sobre alternativas ao tradicional uso de cookies, cuja utilização é facilmente detectável e bloqueável por parte dos usuários.

Entendendo o Fingerprinting: Uma Assinatura Digital Inescapável

Ao contrário dos cookies, o fingerprinting utiliza uma ampla gama de atributos do navegador e do dispositivo – como a resolução da tela, fuso horário, ou modelos de dispositivo – para criar uma assinatura digital única. Isso significa que, mesmo na ausência de cookies, ainda é possível rastrear a atividade do usuário na web, levantando preocupações sérias sobre privacidade. A ferramenta FPTrace desenvolvida durante o estudo mostrou como pequenas alterações nas ‘impressões digitais’ dos navegadores podem influenciar diretamente sistemas publicitários e o valor dos lances de anúncios online, evidenciando a profundidade dessa técnica.

Impactos e Preocupações dos Stakeholders

Com a Texas A&M University à frente, em colaboração com pesquisadores, como o Dr. Nitesh Saxena, ficou claro que as implicações do fingerprinting vão além do esperado. Empresas de publicidade online, como aquelas associadas a gigantes da tecnologia incluindo o Google, devem agora lidar com a realidade de que o valor dos anúncios pode ser influenciado por essas práticas de rastreamento mais avançadas. Tal cenário impulsiona a busca por soluções que equilibrem o rastreamento necessário para a personalização de anúncios e a iminente invasão de privacidade, especialmente diante de regulamentações como o GDPR na Europa e o CCPA na Califórnia.

O Papel das Big Techs e o Desenvolvimento de Tecnologias Privadas

Apesar dos esforços para mitigar o fingerprinting, inclusive por navegadores focados em privacidade, como Tor e Brave, a eficácia destes ainda é limitada. Com o Google planejando integrar o uso controlado deste método no seu Privacy Sandbox até 2025, o debate se torna ainda mais aquecido. Enquanto algumas empresas trabalham para implementar bloqueios mais eficazes ou formas de randomizar essas impressões digitais, o mercado observa um impulso para novas inovações em privacidade digital.

Impactos Econômicos e Sociais do Fingerprinting

Além de potencializar receitas de plataformas de anúncios através de mais precisão na segmentação, o fingerprinting coloca desafios éticos e regulatórios em pauta. Com a possibilidade de rastreamento detalhado dos hábitos de navegação sem o consentimento via cookies, o público pode enfrentar uma erosão crescente da confiança em serviços digitais, impactando não apenas políticas de privacidade, mas também a percepção de segurança na internet.

Perspectivas Futuras e Caminhos para Inovação

Com previsões indicando um aumento contínuo no uso de fingerprinting até 2030, a resposta das auditorias de segurança e entidades reguladoras se faz urgente. Inovadores agora buscam desenvolver navegadores que possam neutralizar essas impressões digitais ou que ofereçam maneiras seguras e compostas de consentimento claro para os usuários. No entanto, enquanto essas soluções estão sendo idealizadas, resta saber como o usuário final será educado a respeito desses riscos crescentes.

Reflexão do Time do Blog da Engenharia

  1. Navegadores e desenvolvedores de plataformas devem priorizar a transparência em métodos de coleta de dados, garantindo maior segurança ao usuário.
  2. Nossa sociedade precisa urgentemente de um maior entendimento sobre o fingerprinting e seus riscos, não apenas na prática, mas como parte de uma educação digital abrangente.
  3. As regulamentações precisam acompanhar a rápida evolução tecnológica, protegendo os direitos de privacidade do usuário de maneira mais robusta.

Via: https://techxplore.com/news/2025-06-websites-tracking-browser-fingerprinting.html

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