A corrida para oferecer internet banda larga via satélite ganha um novo competidor significativo: a AST SpaceMobile. Esta empresa anunciou um plano ambicioso e completamente financiado para lançar entre 45 e 60 satélites em órbita até 2026, com o objetivo de prover conectividade direta para smartphones. Essa iniciativa não apenas desafia a dominância da Starlink, de Elon Musk, mas também abre novas fronteiras em termos de acessibilidade à internet, eliminando a necessidade de infraestrutura terrestre para a conexão.
Como a AST SpaceMobile Planeja Revolucionar o Mercado
A AST SpaceMobile visa implantar seus satélites em lançamentos programados a cada um ou dois meses a partir de 2025, com foco em mercados estratégicos nos Estados Unidos, Europa, Japão e outras regiões. A empresa já garantiu financiamentos suficientes para concretizar esse plano, apesar de ter reportado um prejuízo no segundo trimestre de 2025, equivalente a US$ 0,41 por ação, e uma receita de US$ 1,16 milhão. Ainda assim, a expectativa é de um faturamento entre US$ 50 milhões e US$ 75 milhões na segunda metade de 2025, o que indica um crescimento considerável em relação ao ano anterior.
O Crescimento de Satélites LEO e Seus Impactos
Os satélites de órbita baixa terrestre (LEO) estão se tornando uma tendência crucial, oferecendo menor latência e maior cobertura global em relação aos satélites geoestacionários convencionais. A AST SpaceMobile se posiciona de maneira única, oferecendo conectividade direta entre satélites e dispositivos móveis, o que poderá aumentar a competitividade no mercado, já que atualmente a maioria dos serviços requer um terminal terrestre para funcionar.
Competição Acirrada no Setor de Comunicação por Satélite
Com empresas como SpaceX, Amazon (Projeto Kuiper) e OneWeb já atuando neste campo, a chegada da AST SpaceMobile intensifica a competição. Cada uma dessas empresas segue estratégias distintas, mas todas visam democratizar o acesso à internet. Por exemplo, enquanto a Starlink já opera milhares de satélites, a AST planeja lançar seus satélites em fases, começando com até 60 unidades até 2026, o que ainda é uma fração comparado ao que a Starlink já atingiu.
Regulamentações e Sustentabilidade
Outro ponto crucial nesse projeto é a questão regulatória. Órgãos como a FCC nos EUA, a União Internacional de Telecomunicações (UIT), e reguladores regionais terão papel fundamental na homologação do espectro de radiofrequência e na segurança orbital dos novos satélites. Além disso, a sustentabilidade espacial se torna uma preocupação à medida que o número de satélites em órbita cresce, e as práticas de manejo de detritos espaciais precisam ser reforçadas.
O Futuro da Conectividade Global e Seus Desafios
A iniciativa da AST SpaceMobile não só promete avanços significativos em termos de acessibilidade à internet, mas também poderá transformar diversos setores, como educação, emergência médica e comunicação em áreas remotas. No entanto, a empresa enfrentará desafios, como a necessidade de aprovação regulatória multiterritorial, a competição com gigantes do setor, e o gerenciamento eficiente da rápida expansão planejada.
Reflexão do Time do Blog da Engenharia
- A conectividade direta de satélites pode realmente mudar o acesso à internet em áreas remotas e isoladas, proporcionando novos horizontes para a inclusão digital.
- O modelo de negócio da AST SpaceMobile, com foco em lançamentos regulares e escalonamento de receita, demonstra como inovação e estratégia financeira podem caminhar juntas.
- Resta observar se a empresa conseguirá superar os desafios regulatórios e de mercado, mas o mercado de banda larga via satélite definitivamente se beneficiará com novos participantes e modelos disruptivos.
Via: https://interestingengineering.com/videos/starlink-rival-promises-60-satellites-by-2026