Com informações do CINE (Centro de Inovação em Novas Energias, sediado na Unicamp) e do IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), pesquisadores brasileiros desenvolveram uma técnica de engenharia de materiais que aumenta a densidade de potência de células a combustível de óxido sólido em 35%. Esta tecnologia abre caminho para a geração de eletricidade por meio de fontes renováveis de maneira mais acessível.
As células a combustível são um importante elemento na transição energética para uma economia de baixo carbono e são usadas para criar veículos elétricos que não dependem de baterias recarregáveis. Agora, pesquisadores brasileiros desenvolveram uma técnica de engenharia de materiais que aumenta a densidade de potência das células a combustível de óxido sólido (SOFC) em 35%. Esta pesquisa dá um passo significativo na direção da comercialização efetiva das SOFCs.
Engenharia atômica
Os pesquisadores usaram a técnica avançada de laser pulsado para adicionar uma camada dupla, em escala nanométrica, de materiais óxidos à célula a combustível. Esta camada tem apenas 200 nanômetros de espessura, mas cumpre a função de prevenir trocas indesejadas entre o cátodo e o eletrólito, melhorando a estabilidade da célula e permitindo que ela resista a 1.500 horas de testes sem sofrer degradação significativa.
Ganhos de potência e durabilidade
O resultado é um aumento de 35% na densidade de potência das células a combustível, significando que elas podem produzir a mesma corrente elétrica com um consumo de combustível menor. Além disso, a resistência ao longo do tempo garante que as SOFCs sejam uma solução viável para aplicações práticas.
Com esta pesquisa, os pesquisadores deram um passo importante na direção da comercialização efetiva das células a combustível de óxido sólido, abrindo caminho para a geração de eletricidade de fontes renováveis de maneira mais acessível.