A BR-381 entre Belo Horizonte e Governador Valadares será entregue a administração de entre privado mediante concessão rodoviária, com leilão previsto para NOVEMBRO de 2023. Estima-se que R$ 10 bilhões sejam investidos ao longo de 30 anos, dividindo valores entre melhorias e operações.
Fonte: https://www.gov.br/antt/pt-br/assuntos/ultimas-noticias/leilao-da-br-381-mg-sera-em-24-11-1
Quais obras estão previstas na concessão da BR-381?
Atualmente temos acompanhado editais de SP, PR e outros Estados com grandes obras de duplicações, interseções e melhorias de capacidade das vias incluídos no pacote de obras obrigatórias. Nos últimos certames mineiros, foi observado o cenário mais tímido quanto a indicação de investimentos. Agora com o Edital da BR-381 temos grandes investimentos sendo negociados, como mostra a relação a seguir:
Fonte: file:///D:/Downloads/2023.06.30___PER___ANEXO____BR_381_MG.pdf
Isto mostra a força que uma concessão a nível federal tem em relação aos contratos estaduais que estão prevendo concessões.
O edital e anexos, assim como o Programa de Exploração da Rodovia, podem ser consultados através do link Edital – BR-381.
Benefícios para a população com a concessão da BR-381
O contrato da BR-381 está definido para 30 anos de concessão rodoviária e se apresenta como oportunidade de trabalho para aproximadamente 73.588 mil pessoas, de forma direta e indireta.
Somente em 2022 o número de vítimas fatais registrados no trecho que será concedido superou 150 pessoas.
Com a concessão inúmeros benefícios podem ser destacados:
- Redução no tempo de viagem entre Governador Valadares – BH;
- Aumento de possibilidades para a população (saúde, lazer, educação e outros);
- Diminuição do número de sinistros;
- Aumento da velocidade da via;
- Melhoria na capacidade logística;
- Atração de investimentos para a região;
- Distribuição de % referente ao ISS proporcional aos municípios do trecho da concessão;
- Geração de empregos.
Como serão os investimentos OPERACIONAIS?
O contrato da BR-381 tem definições quantitativas sobre o modo operacional da rodovia. Isto influencia diretamente no valor do custo por quilômetro, uma vez que a operação do sistema impacta no caixa da concessionária. As tarifas variam de uma concessão para outra justamente por causa dos investimentos necessários, volume de tráfego, prestação de serviço e outros.
Logo, os números apresentados abaixo indicam o que a concessionária que vencer o leilão terá que atender:
- 1 CCO – Centro de Controle Operacional;
- 7 SAU – Serviço de Atendimento ao Usuário;
- 5 Praças de Pedágio;
- 1 Posto de Pesagem Veicular;
- 1 PPD – Ponto de Parada de Descanso;
- 7 Inspeções de Tráfego;
- 3 Guinchos leves;
- 2 Guinchos pesados;
- 40 SAT – Sistema de Análise de Tráfego;
- 231 CFTV – Circuito Fechado de TV – Rodovia;
- 15 CFTV – Pedágio;
- 10 SCV – Sistema de Controle de Velocidade;
- 7 Totem de Autoatendimento.
Uma concessão é o melhor formato de administração de uma via. Através dela temos certeza que o valor da tarifa é convertido em melhoria, ampliação de capacidade e operação da mesma. Os processos são transparentes e auditáveis.
Eng. Lucas Ribeiro
Este artigo foi produzido pelo Eng. Lucas Ribeiro. Colunista do Blog da Engenharia do tema Infraestrutura Rodoviária.
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