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SELIC: primeiro corte em 3 anos

A SELIC (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela serve como referência para diversas operações, como empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras. Quem define a SELIC é o Comitê de Política Monetária (COPOM), órgão do Banco Central responsável por regular a política monetária do Brasil.

Justificativas para a redução e impactos

Após 3 anos de aumentos sucessivos, observamos nesta quarta-feira o primeiro corte na SELIC, de 13,75% para 13,25% ao ano. A pressão principal vem por parte do Presidente da República, que desde quando assumiu o cargo, em 1º de janeiro, permanece criticando o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pelo atual patamar da taxa.

“Não existe explicação aceitável do porquê a taxa de juros está 13,75%. Nós não temos inflação de demanda.”

Presidente da República em https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2023-06/na-italia-lula-diz-que-manutencao-da-atual-taxa-de-juros-e-irracional

    Primeiramente, caso os cortes permaneçam nas próximas reuniões do COPOM, são esperados alguns impactos. Um deles seria o estímulo ao mercado imobiliário. Com a redução da SELIC, as taxas de juros para financiamento imobiliário tendem a diminuir, tornando a aquisição de imóveis mais atrativa. Isso pode aquecer o setor e impulsionar a construção civil.

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    Assim também, teríamos aumento do consumo. Com juros mais baixos, as parcelas de empréstimos e financiamentos podem se tornar mais acessíveis para a população, o que pode incentivar o consumo de bens duráveis e serviços, gerando um possível aumento na atividade econômica.

    Além disso, poderíamos ter maior procura pelos papéis da bolsa de valores. A redução da SELIC torna as aplicações financeiras em renda variável, como ações, mais atrativas em relação às aplicações em renda fixa.

    a close up of a computer screen with numbers on it

    Prós e contras

    Analogamente, a decisão de reduzir a taxa SELIC de 13,75% para 13,25% ao ano é uma medida para estimular a economia brasileira e enfrentar os desafios econômicos do país. A expectativa é que essa redução estimule o consumo, o investimento e impulsione o crescimento econômico. Entretanto, é importante ressaltar que essa medida também envolve riscos e desafios, como o controle da inflação e as questões fiscais.

    A condução cuidadosa da política monetária pelo Banco Central é fundamental para que os resultados esperados se concretizem sem impactos indesejados na economia.

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