No artigo anterior ( Parte I) fizemos uma introdução ao processo de tratamento de efluentes bem como abordamos a etapa preliminar. Para recordar, a etapa preliminar visa a remoção de sólidos grosseiros. Agora, nesta segunda parte, falaremos do tratamento primário dos efluentes. Estão prontos?
Tratamento Primário de efluentes
Para começar, no tratamento primário de efluentes busca-se remover o material, sólido ou líquido, presente na sua matriz. Sobretudo, esse material encontra-se em suspensão.
Além disso, nessa etapa de tratamento podemos lançar mão de processos físicos, no qual separamos devido a diferença de densidade, processos físico-químicos com a adição de um agente coagulante, e processos puramente químicos, por exemplo, neutralização.
Tratamento físico de efluentes
Conforme introduzidos anteriormente, os processos físicos separam o contaminante presente no efluente devido a diferença de densidade. Sendo assim, podemos citar dois processos: a sedimentação e a flotação.
No processo de sedimentação a massa específica do contaminante é maior do que a da água. Em contrapartida, na flotação essa relação se inverte.
Os decantadores são equipamentos que podem ter além de formas variadas, diferentes meios de operação. Isso quer dizer, em relação à forma, os decantadores podem ser retangulares ou circulares.
Por outro lado, quanto a forma de operação, os circulares podem ser com mecanização na presença de uma ponte móvel ou sem mecanização.
Por fim, o lodo formado , oriundo do efluente, pode ser retirado na forma mecanizada por sucção ou raspagem, ou por pressão hidrostática.
Na flotação, ao utilizarmos ar, reduzimos a massa específica da partícula. Este ar faz com que o mecanismo de flotação ocorra por três mecanismos diferentes, por exemplo: por adesão, por aprisionamento e por arraste.
Entretanto, uma desvantagem nesse processo é a criação de caminhos preferenciais, ou seja, as bolhas seguem um caminho fixo pelo efluente deixando zonas com uma maior concentração de partículas.
Tratamento físico-químico
Nesse tratamento podemos realizar a operação de coagulação e floculação.
Na coagulação adiciona-se uma agente coagulante. Usualmente, emprega-se Hidróxido de Alumínio ou Cloreto Férrico, ambos eletrólitos fortes.
A presença destes componentes no efluente gera uma desestabilização das partículas coloidais da mistura pela presença de cátions gerados através da formação de hidróxidos.
Similarmente, na floculação emprega-se um auxiliar, desta vez, esse agente é um polieletrólito.
Em suma, o que diferencia as duas técnicas é que na coagulação temos a formação das partículas, e na floculação temos o crescimento das partículas.
Conclusão, terminamos mais uma etapa no processo de tratamento de efluentes. Logo logo traremos as demais etapas.
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