O mundo tem vivido rápidos avanços na tecnologia e na engenharia com a entrada da Era da Informação. Inteligência Artificial (AI), rápida disseminação de informações, Internet das Coisas (IoT), entre outros marcos, são características desse momento. Nesse contexto, a tecnologia tem tido um papel importante na atividade policial.
Com as mudanças na dinâmica dos crimes, especialmente os crimes cibernéticos, a inovação, por meio de ferramentas modernas, vem para coibir criminosos e para garantir o direito à segurança da população na atual conjuntura.
Tecnologias modernas e inovadoras na atividade policial
Primeiramente, vários equipamentos modernos vêm sendo utilizados no meio policial para a defesa dos cidadãos. Um deles é o drone: usado, por exemplo, como auxílio na operação da comunidade do Jacarezinho no Rio de Janeiro. Esse dispositivo versátil de controle remoto previne contato direto com os delinquentes, evitando danos a pessoas, assim como, adquirindo informações privilegiadas.
Nessa vertente, tem-se o emprego das câmeras de videomonitoramento que servem para inteligência policial na perseguição e na identificação de veículos roubados, bem como na abordagem policial. Ainda, com o uso de câmeras de alta resolução combinados com programas de computação, o reconhecimento facial contribui para a identificação de criminosos foragidos interestaduais.
Além das inovações já citadas, muitas outras estão começando a surgir com grandes investimentos, como o Virtual Reality (VR), para treinamentos de cenários diversos. Além dessas, inúmeras outras ferramentas computacionais de cunho forense têm sido desenvolvidas.
Enfrentamento a crimes com o emprego da tecnologia
Outro aspecto relevante é o enfrentamento aos crimes com o uso da tecnologia. A exemplo disso, recentemente, um jovem foi detido por desviar 200 mil reais da conta bancária em golpe aplicado no jogador de futebol Neymar Júnior. Nesse sentido, para atuar nesses casos, as polícias científicas, no âmbito da União e dos estados, têm usado softwares especializados como o Cellebrite, de origem israelense, ou como o COFEE (Computer Online Forensic Evidence Extractor, em inglês).
Tais softwares são usados para periciar os aparelhos usados nos crimes de forma a elucidar os fatos e a punir os responsáveis. Esse tipo de crime, usando a rede mundial de computadores, ainda é difícil de se coibir, pois a internet é um ambiente muito dinâmico e volátil o que permite aos criminosos, no conforto de suas residências, atuarem sem sofrerem as devidas sanções penais.
Outro importante exemplo de software é o renomado software NuDetective. Criado por peritos criminais da Polícia Federal, ele tem a capacidade de identificar pornográfico infanto-juvenil em dispositivos eletrônicos diversos, como smartphones e laptops, e ajuda no combate a disseminação de conteúdo proibido na internet.
Ferramentas tecnológicas biológicas no combate ao crime
Em outro viés, uma importante ferramenta tecnológica de investigação e de prova, também benquista, é a ampliação do Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG) com o novo Pacote Anticrime implementado pelo governo federal. Tal banco coleta DNA de criminosos perigosos para, assim, poder identificá-lo, de acordo com os vestígios encontrados nas cenas dos crimes, em todo o território nacional.
Assim, outra aplicação para essa ferramenta é a descoberta de pessoas desaparecidas. A aplicação dessa tecnologia foi permitida por meio de um acordo firmado entre o FBI dos Estados Unidos e Polícia Federal que possibilitou o uso do CODIS (Sistema Combinado de Índices de DNA) pela RIBPG (Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos).
Por fim, as inovações tecnológicas no trabalho da polícia têm ajudado sobremaneira para assegurar o direito constitucional à segurança da população. Dessa forma, a harmonia social e a ordem pública são mantidas. Porém, ainda há muito espaço para que novas tecnologias venham a ser implementadas no trabalho policial que é tão importante para o convívio pacífico em sociedade.