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Engenharia de Estruturas – A arte de sustentar o belo

Quem nunca se encantou com a beleza de um edifício? Quantos deles se tornam cartões postais? Alguns até mesmo parecem obras de arte! Mas… como essas maravilhas ficam em pé? Apesar de parecer, não é mágica! É ciência e conhecimento trabalhando juntos! Ou melhor, é tecnologia e ciência que resultam na Engenharia de Estruturas!

Burj Khalifa – Edifício em Dubai com 828 m de altura e 163 andares
Fonte:https://www.archdaily.com/

Como são criadas essas obras de arte?

São o resultado da perfeita simbiose entre a arquitetura e a engenharia! Que seria de nós, engenheiros calculistas, sem os desafios que a arquitetura nos propõe? Como desenvolver maiores habilidades sem ser estimulado diariamente? E como Oscar Niemeyer ficaria famoso sem o ousado trabalho de José Carlos Sussekind, Joaquim Cardozo e Bruno Contarini? Afinal, como este grande inspirador dizia: “Se a reta é o caminho mais curto entre dois pontos, a curva é o que faz o concreto buscar o infinito.”, Oscar Niemeyer.

Engenharia de Estruturas
Catedral Metropolitana de Brasília – Arquitetura: Oscar Niemeyer, Estrutura: Joaquim Cardozo
Fonte:https://www.archdaily.com/

Eu costumo dizer que se os edifícios fossem projetados por engenheiros eles seriam todos quadrados e pintados de marrom e bege, pois, somos treinados a pensar com praticidade e objetividade. Em contrapartida, essa forma de pensar é que nos inspira a resolver os mais complexos problemas. Os engenheiros, de forma geral, são formados para resolverem problemas: se existe um problema, então, existe uma solução e o engenheiro vai encontrá-la!

A engenharia de estruturas vai além da solução de problemas, ela engloba muita responsabilidade, sem abrir mão da criatividade! Às vezes é necessário reanalisar uma estrutura, levando em consideração diferentes pontos de vista, para se chegar a uma melhor solução. Essa solução tem que ser segura, viável economicamente e exequível com os recursos da região onde será construída.

O essencial é invisível aos olhos

Nosso querido amigo Eng. Paulo Silva, um apaixonado pelo livro “O Pequeno Príncipe” e excelente Engenheiro Patologista, sempre faz referência entre esta obra prima e a engenharia. Seguindo essa linha, podemos relacionar a estrutura como o essencial que fica invisível aos olhos. Da mesma forma, o engenheiro estrutural, na maioria das vezes fica no anonimato. Ficam famosos Lina Bo Bardi e Ruy Othake, mas quem se lembra de José Carlos de Figueiredo Ferraz e Siguer Mitsutani? Respectivamente os engenheiros responsáveis pelo projeto de estrutura do MASP, Museu de Arte de São Paulo e do Pavilhão de Osaka.

Engenharia de Estruturas
MASP – Museu de Arte de São Paulo – Arquitetura Lina Bo Bardi, Estrutura: Figueiredo Ferraz
Fonte:https://www.archdaily.com/

Sobre o projeto do MASP, Figueiredo Ferraz disse: “O projeto estrutural me parecia utópico, era uma concepção fora dos padrões normais, a desafiar os conceitos clássicos de segurança e estabilidade. Mas essa utopia se transformou numa contundente realidade – não sem exigir de nós um enorme esforço e uma dedicação ímpar. Afinal, o sonho de Lina Bo Bardi se concretizou no concreto que nós erguemos. A técnica se incorporou, como sempre, à arte, numa esplêndida simbiose de harmonia.” O que mais uma vez mostra a arte da Engenharia de Estruturas.

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