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Cultura da Segurança do Trabalho na Engenharia: Custa caro não tê-la.

Cultura da Segurança do Trabalho na Engenharia: Custa caro não tê-la.

Antes começar a falar em CULTURA DE SEGURANÇA OCUPACIONAL, responda a seguinte pergunta- (QUANTOS PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA DO TRABALHO HÁ NA SUA EMPRESA?)

Costumo ouvir as mais variadas respostas, porém as mais frequentes são: (de acordo com o SESMT da Norma Regulamentadora – NR4 – SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO).

Ou seja: de acordo com o grau de risco da empresa, sendo esse risco graduado de “1” a “4”, onde “1” seria mais leve (exemplo escritório simples) e “4” mais Grave (exemplo fábrica de explosivos) associado ao número de funcionários.

O que significa que dizer, que dimensionam o quadro de profissionais de Segurança ocupacional, conforme a lei preconiza, limitando-se, apenas quando exigido ao: Técnico (a) de Segurança do trabalho, Engenheiro (a)  de Segurança do Trabalho, Enfermeiro (a) do Trabalho e Médico (a) do Trabalho.

O que é Cultura de Segurança do Trabalho?

Curva de Bradley

Não há como falar de Cultura de Segurança sem mencionar A Curva de Bradley™ da DuPont™, essa por sua vez, defende desde 1995 a filosofia de que a cultura de segurança está pautada em 4 estágios a saber:

1º Estágio reativo – Colaboradores não assumem responsabilidade, acreditam que acidente acontece mesmo por azar, e quando não acontece é sorte. É indiferente gerenciamento. (nessa fazer da curva a taxa de lesões costumam ser altas)

2º Estágio dependente – Requer muito esforço da supervisão, pois os colaboradores tendem a seguir as regras apenas quando são ditas e cobradas.

Apesar disso, as taxas de lesões diminuem e a equipe começa a acreditar em gerenciamento de segurança e que o acidente pode ser controlado.

3 º Estágio independente – Os colaboradores possuem auto-responsabilidade no que tange a segurança e acreditam tem o potencial de fazer a diferença com suas ações.

Com isso as taxas de lesões diminuem significativamente.

4º Estágio interdependente – É o ápice da maturidade da cultura de segurança, pois verdadeiramente os colaboradores internalizam sua responsabilidade não só com a sua própria proteção, como também com a segurança de seus colegas.

Gerando assim, uma cultura de segurança robusta autossustentável, (com taxas de lesões sempre tendendo a zero).

Curva de Hudson

Na mesma linha, existe ainda um modelo de cultura de segurança até anterior ao da Curva de Bradley™ da DuPont™, que é a “Curva Hudson” desde 1986 desenvolvida pela Shell® E&P, pouco difundido aqui no Brasil.

Também  conhecida como Curva Hearts and Minds (Corações e Mentes) idealizada por (Patrick Thomas William Hudson), ela se divide em 5 fases da cultura:

1º patológico – ninguém se importa contanto que não aconteça nada e não sejamos responsabilizados.

2º Reativo – Segurança é algo importante, porém apenas agimos de fato, quando acontece um acidente.

3º Calculativa ou Burocrática – Até temos alguns sistemas implementados para gerenciar todos os ricos mapeados.

4º Proativa – A cultura de segurança está internalizada na liderança e a empresa admite a segurança como um valor que norteia suas ações para a melhoria contínua.

5º Generativo – Representa o auge do desenvolvimento da cultura, as falhas servem de estímulo para soluções cada vez mais robustas, a visão é voltada para a solução e não culpados.

Existe um sistema totalmente integrado de modo que a informação, comunicação e envolvimento dos trabalhadores acontece naturalmente e se estendendo as suas casas.

Além disso a empresa está sempre buscando as melhores formas de não só de controlar o risco como também antecipa-lo e melhorar continuamente.

Por que investir em Cultura de Segurança do Trabalho na Engenharia?

Independente do modelo seguido, cultura de segurança significa responder a pergunta do início (QUANTOS PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA HÁ EM SUA EMPRESA?) da seguinte forma:

_Aqui TODOS somos profissionais de segurança – desde do operacional (chão de fábrica) até a alta direção (Diretor – CEO – Presidente – acionistas).

Em conclusão, gostaria de mencionar uma frase emblemática de Peter Drucker:

“A CULTURA come a estratégia no café da manhã”

Dentre às várias razões para a genialidade de Drucker, ressaltamos sua exímia habilidade de integrar profissionais multidisciplinares.

Identificando pontos em comum entre estes profissionais e potencializando ao máximo a performance dos resultados desta ligação.

Ele sempre batia na tecla de que para uma boa comunicação, é necessário ouvir além do que está sendo dito.

Em resumo “A cultura de segurança é a parte mais humana do sistema de gestão de uma empresa. E essa parte obviamente, é confeccionada por pessoas. Logo, se quer ter cultura de alta performance em se tratando de Segurança do Trabalho na Engenharia: tenha/treine/modele/molde pessoas de alta performance.” MSc Álvaro Domingues

Se existe na empresa um cultura de segurança bem estabelecida e disseminada em todos os níveis organizacionais, diretamente e proporcional estamos falando em prevenção de acidentes.

E em se tratando de construção civil, sob tudo no Brasil, os números de acidentes de trabalho são exorbitantes. Conseqüentemente, isso afeta a produção, a imagem, patrimônio e a vida dos trabalhadores e de seus familiares.

Dependendo do acidente, este pode até falir uma empresa, no que tange a manchar permanentemente a imagem de uma empresa.

Tal como potencial prejuízos patrimoniais, de produtividade/financeiro irrecuperáveis.

E por ultimo, porém longe de ser menos importante, a integridade física e vida de trabalhadores: pais e mães de família.

fonte: http://www3.dataprev.gov.br/aeat/

Essa preocupação de faz constantemente presente, pois em média, são registrados 51.767 acidentes de trabalhos na previdência social por ano.

Então, se você ainda pensa que é caro investir em cultura de Segurança do trabalho na engenharia. Imagina um acidente.

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