Auditoria de segurança do trabalho: O que é?
A auditoria remota durante a pandemia do coronavírus seria mesmo a alternativa mais adequada!? no intuito de responder essa e outras dúvidas os convido a continuar lendo este post.
Em meio a crise do coronavírus muitos processos estão sento afetados negativamente, além disso outros estão sendo temporariamente paralisados e ou migrando para a modalidade remota.
E com o intuito de manter as rotinas fundamentais à vitalidade das empresas, o monitoramento destes processos devem ser mantidos ou até intensificados.
Em consonância a isso, sobrevêm a Auditoria, um processo sistemático, documentado para monitorar, avaliar se o objetivo da empresa está sendo atingido conforme o planejado.
Adicionalmente, em se tratando de segurança do trabalho esse objetivo está pautado na estruturação de sistema de gestão com foco em prevenção de acidente, eliminação de perigos, mitigação dos riscos e efetivação das proteções.
Auditoria de Sistema de Gestão de Segurança: quais os tipos e quando aplicar?
Para isso, verifica-se que o momento adequado de aplicação da auditoria pode variar, considerando que há três níveis de auditorias de sistema de gestão a saber:
- Auditoria de primeira parte: mais conhecidas como Auditorias internas, são realizadas pela própria empresa, ou em nome da própria, com período de aplicação frequente (minima recomendável: anual);
- Auditorias de segunda parte: Também conhecida como auditoria de fornecedores, conduzidas por partes que têm um interesse na organização, como clientes, ou por outras pessoas em seu nome (aplicação a critério do cliente);
- Auditorias de terceira parte: são aplicadas por organismos de auditoria independentes, como as certificadoras e/ou agências governamentais (aplicação minima anual ou a critério das instituições).
Como realizar o processo de auditoria em plena crise global e risco de contaminação com o novo coronavírus?
Existem algumas maneiras de responder este questionamento, porém a Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), apresenta-se como a resposta mais adequada nesse momento.
Ainda por cima, a auditoria remota com o uso da TIC, é endossada por, primeiro ABNT NBR ISO 19011:2018 – Diretrizes para auditoria de sistemas de gestão e segundo NIT-DICOR-083.
No entanto é valido ressaltar que para garantir a viabilidade da auditoria na modalidade remota, depende de alguns fatores (ao exemplo, do nível de risco em alcançar os objetivos de auditoria, o nível de confiança entre auditores/auditados e os requisitos legais/normativos).
Então o que é Auditoria Remota?
Também conhecida como auditorias virtuais, trata-se de auditoria não-presencial, que por intermédio de dispositivos de informação permita uma cominação remota entre auditor e auditado.
Tal como outros trabalhos remotos, são realizadas em qualquer local que não o mesmo local do auditado, segundo ISO 19011:2018, a auditoria remota se subdivide em:
- Com Interação humana: Por meios de comunicação interativa: — conduzir entrevistas; — observar trabalho realizado com guia remoto; — preencher listas de verificação e questionários; — conduzir análise crítica documental com a participação do auditado.
- Sem interação humana: análise crítica documental (Exemplo, planilhas, registros, relatórios) Observar o trabalho realizado por meios de monitoramento, considerando requisitos sociais, estatutários e regulamentares.
Consequentemente, indo ao encontro das orientações da Organização Mundial da Saúde – OMS, quanto ao enfrentamento da pandemia da COVID-19 com o isolamento social.
Como conduzir Auditoria Remota ?
Outrossim, para um bom desenvolvimento desta modalidade de auditoria, principalmente durante a pandemia do coronavírus, devem atentar-se as 10 (dez) dicas a seguir:
- Planeje, delimite e explicite o tipo/escopo da auditoria, para assim melhor escolher qual suporte tecnológico será necessário para atender o planejamento;
- Certifique-se de que a internet/comunicação esteja estável, para que a auditoria não seja interrompida/comprometida;
- Estabeleça qual ou quais sistemas serão utilizados na auditora (exemplo ZOOM, Skype, Microsoft Teams, WebEx etc.) e se todos os envolvidos possuem acessos;
- Tenha um plano “B”, para caso algum dos software principal escolhido apresentar falhas;
- Garanta que todos os envolvidos possua habilidades mínimas para usar os sistemas, afim de para uma melhor fluência da auditoria remota e evitar contratempos;
- Assegure-se da confidencialidade e privacidade durante os intervalos de auditoria, por exemplo, silenciando microfones, pausando câmeras. para evitar situações embaraçosas ou vexatórias;
- Solicite autorização prévia sempre que precisar fazer cópias de captura de tela de documentos ou qualquer tipo de gravações, considerando os princípios de confidencialidade e segurança da informação;
- Intervenha e previna interferências/perturbações externas como de ruído de fundo, pois podem atrapalhar a entrevista;
- Explore o uso de plantas baixas/mapas/organogramas/diagramas de locais remotos para referência ou mapeamento de informação eletrônica;
- Lembre-se sempre de que a auditora remota deve espelhar o ritual da autoria presencial, ou seja, reunião de abertura, execução e reunião de encerramento de forma análoga.
Nesse contexto, note que a auditoria é indispensável para uma boa performance do sistema de gestão de segurança da empresa, conforme o ciclo elaborado pela Flaster SIG.
Respondendo o questionamento do começo: A auditoria remota durante a pandemia do coronavírus seria mesmo a alternativa mais adequada!?
Por fim, com as limitações imposta pela Calamidade pública, quanto à viagens, isolamento social e distanciamento físico entre pessoas, que afetou as rotinas das organizações.
Fica visível que a auditoria remota apresenta-se como a solução alternativa mais adequada para continuidade do processo de monitoramento e manutenção da cultura de Segurança.