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Mariposa australiana é o primeiro inseto descoberto que usa as estrelas como GPS natural

Mariposa australiana é o primeiro inseto descoberto que usa as estrelas como GPS natural

Descobertas científicas recentes evidenciaram uma fascinante habilidade das mariposas australianas Bogong, revelando que esses insetos conseguem navegar utilizando o céu estrelado como uma bússola natural. Essa habilidade impressionante foi documentada em um estudo publicado na revista Nature, demonstrando a capacidade dessas mariposas de realizar migrações noturnas de até 1.000 km, orientando-se com base nas estrelas visíveis e no campo magnético da Terra. Essa descoberta não apenas amplia nosso conhecimento sobre a navegação animal, mas também abre portas para inovações tecnológicas na engenharia, potencialmente aplicáveis em robótica e sistemas de navegadores autônomos.

As mariposas Bogong são os primeiros insetos conhecidos a usar constelações estelares para guiar suas jornadas migratórias. Este comportamento único expõe um mecanismo de navegação previamente identificado apenas em aves e mamíferos. A pesquisa realizada pela equipe da Universidade de Lund, Suécia, em colaboração com a Universidade da Austrália do Sul, revela que as mariposas possuem um sistema integrado que combina sinais visuais do céu com informações fornecidas pelo campo magnético terrestre, assegurando a precisão de suas viagens mesmo em condições climáticas adversas.

Abordagens Tecnológicas Embarcadas nos Estudos

Os cientistas utilizaram simuladores de voo e microeletrodos ultrafinos para estudar o comportamento e a neurofisiologia das mariposas. Essas metodologias permitiram a manipulação seletiva dos estímulos visuais e magnéticos, e o registro detalhado da atividade neuronal. Ao bloquear seletivamente a visão das estrelas ou alterar o campo magnético, os pesquisadores observaram como as mariposas ajustavam suas rotas, demonstrando um complexo processamento neural dedicado à navegação.

Impactos Econômicos e Tecnológicos

O aprendizado obtido a partir dessas pesquisas não se limita à biologia. Há um potencial significativo para aplicar esses princípios em tecnologias biomiméticas, capazes de revolucionar a orientação de drones e veículos autônomos em ambientes de baixa luminosidade. Sectores como o militar, agrícola e de transporte aéreo podem adotar esses sistemas de navegação autônomos baseados em sinais naturais, otimizando operações de precisão em contextos desafiadores.

Desafios e Considerações Ambientais

Enquanto a ciência avança com essas descobertas, preserva-se a necessidade urgente de considerar impactos ambientais. A poluição luminosa e a degradação de habitats são ameaças reais que podem afetar as rotas migratórias naturais das mariposas. Portanto, estratégias de conservação são cruciais para assegurar a sobrevivência dos ecossistemas interligados e para continuar usufruindo dos benefícios que a natureza nos proporciona, tanto em diversidade biológica quanto em inovação tecnológica.

Oportunidades e Perspectivas Futuras na Engenharia

Esta pesquisa pode inspirar uma série de projetos de engenharia, desde o desenvolvimento de sensores sensíveis às estrelas até tecnologias de navegação baseadas em biomimética. Empresas de engenharia que se dedicam ao avanço de sistemas autônomos podem se beneficiar enormemente dos princípios descobertos nas mariposas. Estão postas as bases para colaborações interdisciplinares entre neurociência, biologia e engenharia para explorar caminhos promissores em direções tecnológicas inovadoras.

Reflexão do Time do Blog da Engenharia

  1. O uso das estrelas por insetos pode revolucionar a forma como projetamos e implantamos sistemas de navegação autônomos, especialmente em locais com mínima luminosidade.
  2. Integração de conhecimento biológico e engenharia avança a biomimética, destacando a natureza como uma fonte inesgotável de inspiração tecnológica.
  3. O sucesso da pesquisa reflete a importância de colaborações globais e interdisciplinares, projetando um futuro onde soluções ambientais e tecnológicas andem de mãos dadas.

Via: https://interestingengineering.com/science/australian-moths-stellar-compass

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