Sabemos que a topografia é a descrição de um lugar, definida como a ciência que estuda as características naturais ou artificiais presentes na superfície de uma localidade. Nesse sentido, a aplicação da topografia é essencial para o conhecimento de regiões, estudos e implantações de obras de várias áreas.
Assim sendo, é importante relembrar que a topografia é uma ciência antiga que a civilização a usa desde o Egito antigo, até os dias atuais. Enfim, vamos analisar a linha do tempo desta ciência…
LINHA DO TEMPO DA TOPOGRAFIA
Mesmo historicamente não tendo como definir a data exata em que ela se iniciou. Quando o homem passou a definir uma moradia para si próprio, a topografia já estava presente.
Na História da Topografia, de autoria de Aimé Laussedat, são mencionadas plantas e cartas militares e geográficas bem interessantes, organizadas nos primórdios da Topografia, ou melhor, na fase da denominada Geometria Aplicada.
Contudo, somente nos últimos séculos, a Geodésia e a Topografia, que passaram a ter uma orientação mais orgânica, saíram do empirismo para as bases de uma autêntica ciência, graças ao desenvolvimento notável que tiveram, especialmente, a Física, a Matemática, a Microeletrônica e a Informática.
PERÍODO ÓTICO-MECÂNICO
Os progressos realizados na parte ótica dos instrumentos, na medida das distâncias na leitura de ângulos horizontais e verticais nos métodos de levantamentos topográficos, e na avaliação mecânica das áreas, deram à Topografia o valor que realmente tem como ciência e como técnica no levantamento topométrico preciso do terreno e na representação gráfica equivalente.
PERÍODO DA MICROELETRÔNICA E DA INFORMAÇÃO AUTOMATIZADA – INFORMÁTICA
A princípio, a modernização dos instrumentos topográficos deve-se, fundamentalmente, ao surgimento e evolução da microeletrônica e da informática. Ou seja, o eletrônico substituiu o mecânico. O instrumental ótico-mecânico – teodolitos, níveis, taqueômetros, etc. – reinou durante cerca de 450 anos.
Nesse ínterim, os levantamentos topográficos tiveram por base a utilização de um goniômetro e de um diastímetro para a caracterização de pontos topográficos da superfície terrestre.
Ademais as inovações que surgiram neste período, que resultaram em melhoria dos aspectos de confiabilidade, sensibilidade e precisão, decorreram em relação ao enfoque mecânico do instrumental.
MEDIDORES ELETRÔNICOS DE DISTÂNCIAS – MED
A primeira grande inovação ocorreu em 1943, com o surgimento do primeiro medidor eletrônico de distância (MED) ou, simplesmente, denominado de distanciômetro eletrônico.
Conforme O desenvolvimento desse instrumental deve-se ao cientista sueco E. Bergstrand, que projetou o primeiro MED, o qual ficou conhecido pela marca comercial de Geodimeter NASM-2, disponibilizado no mercado em 1950.
TEODOLITOS E TAQUEÔMETROS ELETRÔNICOS
O impacto da microeletrônica nos teodolitos e taqueômetros eletrônicos concentra-se quase que exclusivamente no sistema de leitura dos círculos graduados e no sistema do sensor eletrônico que compensa automaticamente a inclinação do equipamento, levando-o à horizontalidade de sua base.
ESTAÇÕES TOTAIS ELETRÔNICAS
As Estações Totais Eletrônicas vieram para revolucionar a Topografia e simplificar os trabalhos de campo e escritório.
Portanto, a Estação Total nada mais é que um distanciômetro eletrônico geminado com um teodolito, também eletrônico, equipado com cartões magnéticos ou coletores de dados, que dispensam as tradicionais cadernetas de campo.
Além disto, a Estação Total combina todas as vantagens de um teodolito eletrônico e de um medidor eletrônico de distância (MED), anteriormente apenas acoplados, com a vantagem atual da facilidade de um controle central único.
NÍVEIS ELETRÔNICOS COM LEITURA EM CÓDIGO DE BARRAS
O princípio de funcionamento de um nível eletrônico é o processamento unidimensional de imagens, a partir de uma mira codificada em código de barras.
Dessa maneira, a leitura da mira codificada é feita através de uma rede de sensores óticos, a qual reconhece a codificação da mira através de um processo de correlação de imagens entre a imagem da mira e uma imagem padrão gravada na memória do instrumento.
RECEPTORES GNSS
Os receptores GNSS coletam dados enviados pelos satélites, transformando-os em coordenadas, distâncias, tempo, deslocamento e velocidade, através de processamento em tempo real ou pós-processados.
Além disso, existem no mercado diversos modelos e fabricantes de receptores, desde os portáteis (bolso) até os sofisticados computadores de bordo para aviões e navios, incluindo os GNSS para levantamentos geodésicos e topográficos.
TOPOGRAFIA COM USO DE VEÍCULOS AÉREOS NÃO TRIPULADOS-VANTs
Os VANTs (Drones) tanto de asa fixa quanto de asa rotativa, São usados para realizar o levantamento de dados de um terreno com precisão de centímetros e a uma velocidade impossível de ser obtida através de métodos convencionais de topografia.
Assim partir do sobrevoo do drone, imagens em alta definição e dimensões são mensuradas.
Com isso, posteriormente os dados são convertidos em modelos de superfície do terreno em 3D, cujas medidas não apenas são precisas, como também possuem textura realista, produzindo imagens perfeitas para diversos usos.
LASER SCANNER
O laser scanner é considerado uma tecnologia recente, Em que é possível mapear qualquer área por meio da emissão de milhares de pulsos de laser por segundo.
Por conseguinte, dados resultantes do escaneamento 3D podem ser utilizados para a construção de modelos tridimensionais digitais precisos.
Assim, essa tecnologia permite a realização de levantamentos topográficos e planialtimétricos, obtendo o maior número possível de informações da superfície representada permitindo uma execução precisa para projetos dos mais distintos segmentos e possibilitando a modelagem de pequenos objetos como um parafuso ou até de grandes áreas industriais.
Deste modo, não podemos negar que a tendência de automatização veio para ficar. sendo assim, é importante que o profissional desse setor acompanhe essas mudança e se atualize quanto às tendências e às melhores e mais modernas práticas.
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