Trocar terras de etanol por usinas solares pode triplicar produção de energia solar nos EUA

A conversão estratégica de terras destinadas ao cultivo de milho para etanol em instalações solares representa uma oportunidade promissora para ampliar a capacidade de produção de energia renovável nos Estados Unidos. Segundo uma pesquisa publicada na Proceedings of the National Academy of Sciences, a conversão de apenas 3,2% dessas terras poderia triplicar a produção de energia solar em escala comercial, de 3,9% para 13%. Além dos evidentes ganhos energéticos, essa substituição poderia trazer benefícios ambientais substanciais, como a melhoria da biodiversidade e a promoção de habitats para polinizadores.

Transformação de Terras: Do Milho-etanol à Energia Solar

A pesquisa destaca que 12 milhões de hectares nos EUA são dedicados ao cultivo de milho para etanol. No entanto, converter uma fração dessas terras, especialmente aquelas próximas à infraestrutura de transmissão elétrica, pode ter efeitos significativos na matriz energética do país. As instalações solares promoveriam uma melhor eficiência por área se comparadas ao etanol de milho, necessitando de 31 hectares de milho para gerar a energia equivalente a apenas 1 hectare de energia solar.

Principais Stakeholders e o Papel da Comunidade Acadêmica

Os principais envolvidos nesse estudo incluem Stephen Grodsky, professor de recursos naturais e meio ambiente, agricultores, o setor de energia solar e a comunidade acadêmica, com destaque para a Universidade de Cornell. O papel dos agricultores é crucial, pois eles são os possíveis facilitadores dessa transformação. Além disso, a universidade e os pesquisadores têm fornecido dados embasados e metodologia para pavimentar o caminho rumo a um futuro mais sustentável.

Impactos Econômicos e Ambientais

A transição não apenas afetaria a eficiência energética, mas também poderia diversificar as fontes de renda dos agricultores. Do ponto de vista social, haveria uma potencial diminuição na dependência de combustíveis importados e aumentado a segurança energética. Ambientalmente, a conversão de terras para instalações solares que incorporam plantas perenes pode resultar em uma variedade maior de habitats naturais, filtragem de escoamento e promoção de polinizadores importantes.

Desafios e Oportunidades no Processo de Conversão

Um dos principais desafios dessa conversão é a resistência por parte de agricultores e produtores de etanol, devido à dependência econômica da produção de milho. Além disso, os custos iniciais para a instalação de sistemas solares podem ser elevados. Contudo, o potencial de uma transição bem-sucedida abre caminho para inovação em agrivoltaicos, integrando agricultura com energia solar, além de políticas de incentivo que facilitem essa transformação.

Futuro e Tendências no Setor de Energia

Com a redução de custos e o aumento da eficiência da energia solar fotovoltaica, o setor está se movendo rapidamente em direção a formas mais sustentáveis de energia. O interesse crescente em soluções de agrivoltaicos e a integração de benefícios ecológicos em projetos de energia renovável são tendências fortes. Espera-se que essa abordagem estratégica traga insights valiosos para a engenharia moderna, promovendo não apenas a inovação tecnológica, mas também o equilíbrio ecológico.

Reflexão do Time do Blog da Engenharia

1. A transição do milho para instalações solares pode ser um divisor de águas no planejamento energético sustentável.
2. Os projetos que combinam inovações sustentáveis em energia e biodiversidade são exemplos importantes para o futuro da engenharia.
3. Envolver a comunidade local e os stakeholders é essencial para o sucesso dessas transições energéticas.

Via: https://techxplore.com/news/2025-04-corn-ethanol-solar-triple-energy.html