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Unesp de Botucatu dá início ao Centro de Engenharia da Plasticultura (CEP).

Unesp de Botucatu dá início ao Centro de Engenharia da Plasticultura (CEP).

No cenário atual da engenharia aplicada à agricultura, a Unesp de Botucatu desponta como um centro de inovação com a implantação do Centro de Engenharia da Plasticultura (CEP). Este projeto, desenvolvido em parceria com a Braskem e FAPESP, visa impactar significativamente o agronegócio brasileiro através da pesquisa aplicada e desenvolvimento de tecnologias sustentáveis para o cultivo protegido. A iniciativa ressalta a potencialidade da plasticultura para aumentar produtividade e promover práticas agrícolas mais sustentáveis, refletindo a união efetiva entre a academia e o setor industrial no fomento de soluções tecnológicas.

Início Estruturado e Planejamento Robusto

A primeira fase do CEP, situada em Botucatu, já está em andamento e foca na instalação de uma estufa agrícola que servirá para a comparação de rendimentos agrícolas em ambiente protegido versus campo aberto. Serão avaliados cultivos de tomate, alface e pepino, utilizando filmes comerciais nacionais. A expectativa é de que essa análise preliminar demonstre um aumento de até 50% na produtividade e uma redução de custos em até 25%. Esses números indicam não só avanços econômicos, mas também técnicos, consolidando a FCA/Unesp como um hub de inovação em plasticultura e cultivo sustentável.

Parcerias Estratégicas e Envolvimento Multidisciplinar

O sucesso inicial do CEP é respaldado por colaborações robustas entre diversos setores da academia e indústria. Entre os participantes, destacam-se diferentes departamentos da Unesp, além da Braskem, uma gigante no setor de resinas termoplásticas. A coordenação geral do projeto também inclui nomes respeitados como o Prof. Fabrício Rossi da USP, unindo expertises em produção vegetal, ciência de polímeros e economia circular. Esses esforços colaborativos visam não só o crescimento agrícola sustentável, mas também fortalecer a troca de conhecimentos para a formação de recursos humanos qualificados em plasticultura.

Tecnologias Inovadoras e Sustentáveis

No pilar tecnológico, o CEP incorpora inovações como filmes difusores de 150 micras e sistemas de irrigação setorizados, que são cruciais para atingir metas de sustentabilidade desejáveis. O uso de filmes difusores permite uma melhor difusão da luz, aumentando a eficiência fotossintética das plantas, enquanto o sistema de irrigação otimizado economiza água e recursos. O projeto explora também o potencial de sensoriamento remoto e aprendizado de máquina, instrumentos excelentes para monitorar o uso e disposição de plásticos na agricultura. Essas estratégias tecnológicas prometem não só eficácia, mas também um alinhamento com as melhores práticas de manejo orgânico.

Desafios e Oportunidades no Cenário Brasileiro

Entre os desafios enfrentados, a necessidade de gerenciar resíduos plásticos de maneira sustentável continua sendo um ponto crítico. A implementação da logística reversa e do manejo adequado dos resíduos plásticos se tornam primordiais para evitar impactos ambientais negativos. Ao mesmo tempo, o projeto apresenta oportunidades significativas, como o desenvolvimento de novos filmes biodegradáveis e tecnologias de rastreamento. Além disso, a transferência de know-how e práticas inovadoras para outras regiões do Brasil pode amplificar ainda mais os benefícios econômicos e sociais do projeto.

Projeções Futuras e Impacto Global

O impacto do CEP não se limita ao cenário nacional. No contexto global, projeta-se que o mercado de plasticultura movimentará US$ 2,3 bilhões na América Latina até 2026, um reflexo das inovações em sustentabilidade e eficiência. No entanto, o projeto do CEP se destaca como pioneiro, propiciando não apenas inovações tecnológicas, mas também um modelo de colaboração entre academia e indústria que pode servir de referência internacional. Ademais, programas de formação contínua asseguram uma nova geração de engenheiros e agrônomos preparados para enfrentar desafios globais em práticas agrícolas sustentáveis.

Reflexão do Time do Blog da Engenharia

  1. A implantação do CEP sinaliza um avanço significativo em parcerias estratégicas entre universidades e o setor produtivo, demonstrando o potencial do Brasil em liderar inovações em plasticultura.
  2. Os ganhos esperados em produtividade e sustentabilidade, se concretizados, podem revolucionar a agricultura protegida no país, trazendo impactos positivos tanto para grandes produtores quanto para pequenos agricultores.
  3. Desafios relacionados à gestão sustentável de resíduos plásticos destacam a importância de políticas regulatórias e inovação contínua, garantindo que as soluções desenvolvidas sejam amigáveis ao meio ambiente a longo prazo.

Via: https://acontecebotucatu.com.br/geral/unesp-de-botucatu-inicia-implantacao-do-centro-de-engenharia-da-plasticultura-cep/

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