No cenário global atual, a transição energética emergiu como uma prioridade inquestionável. Com o objetivo de reduzir a dependência de fontes de energia fóssil, que tanto contribuem para o aquecimento global, iniciativas em diversos países estão promovendo soluções mais sustentáveis e renováveis. No Brasil, o Programa de Transição Energética 2 (PTE 2) se destaca como um passo impactante rumo a esse futuro mais verde, com ações que visam acelerar as mudanças necessárias até 2040 e posicionar o país como líder em soluções energéticas sustentáveis.
O Papel dos Stakeholders na Transição Energética
A transformação do setor energético não ocorre isoladamente. No Brasil, players como o CEBRI e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estão na linha de frente, apoiados por gigantes do setor como bp, EDP, e Shell. A colaboração com instituições financeiras, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o BNDES, sublinha o esforço conjunto necessário para financiar e concretizar transições desta magnitude. Além disso, a participação de reguladores de países da RELOP é crucial para alinhar as estratégias energéticas em territórios lusófonos.
Tecnologias e Metodologias em Destaque
A tecnologia é o alicerce dessa transição. Contadores inteligentes surgem como uma solução eficaz para combater perdas não técnicas e aumentar a eficiência do consumo energético. Além disso, a integração de metodologias ESG estabelece um paradigma que privilegia a sustentabilidade, garantindo que as empresas não apenas cumpram regulações, mas também promovam mudanças positivas em suas operações diárias. Tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, são cada vez mais incorporadas para monitorar e otimizar o uso de energia em tempo real, moldando um futuro energético mais eficiente e verde.
Cronograma e Expectativas Futuras
Com o lançamento do PTE 2 em janeiro de 2025, o plano se desenvolve através de uma série de workshops e eventos educacionais que se estendem ao longo do ano. Esses encontros proporcionam um espaço para discussão interativa sobre as melhores práticas e inovações que podem apoiar a transição energética. Além disso, o Grupo de Trabalho sobre Transição Energética da RELOP pretende realizar sete workshops online, um esforço para capacitar mais profissionais e garantir que o conhecimento esteja acessível para todos os interessados no setor.
Desafios e Oportunidades no Horizonte
A transformação energética é rica em desafios e oportunidades. A necessidade de investimentos significativos representa um obstáculo, exigindo não apenas capital, mas também inovação financeira. No entanto, essas barreiras vêm acompanhadas de uma ampla gama de oportunidades: novos mercados emergem, empregos verdes são gerados, e o potencial para inovações disruptivas se torna palpável. Um exemplo disso é a crescente demanda por tecnologias renováveis e sistemas que aumentam a eficiência energética, impulsionando o mercado e a economia.
Análise Econômica, Social e Ambiental
Dos impactos econômicos aos sociais e ambientais, a transição energética tem diversas faces. Economicamente, a possível criação de novos negócios e empregos é contrabalançada pelas exigências de investimentos em infraestrutura. Socialmente, a promessa de uma melhoria na qualidade de vida, decorrente de um ambiente menos poluído, deve ser equilibrada com a necessidade de mudanças culturais e comportamentais. Ambientalmente, a redução da emissão de gases de efeito estufa representa um dos maiores benefícios, promovendo um modelo de desenvolvimento mais sustentável.
Reflexão do Time do Blog da Engenharia
- A inovação tecnológica é um imperativo na transição energética, mas demanda cooperação entre múltiplos atores.
- Investimentos robustos são essenciais, mas a resistência cultural e a adoção de novas práticas também são desafios significativos.
- O papel das tecnologias avançadas, como AI e contadores inteligentes, é crucial na melhoria da eficiência energética e na sustentabilidade.
Via: https://www.arcweb.com/blog/2025-energy-transition-workshop-ai-esg-ehs-david-rocha-wolters-kluwer