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Engenharia teve a maior alta de matrículas

Para Roberto Lobo, especialista em gestão na área de Educação, o crescimento mais fraco nas matrículas é um reflexo do baixo número de formados no ensino médio, ciclo que tem muita evasão. “O aumento da procura de cursos de graduação por uma exigência do mercado é um fenômeno que se saturou.”

O mercado também explica por que o setor de Engenharia foi o que teve maior alta de matrículas (16,6% entre 2011 e 2012). A participação dessa área no total de cursos foi de 11,3% para 12,6%. Segundo o economista e especialista em Educação Claudio de Moura Castro, isso é reflexo da indústria superaquecida.
O País tem uma proporção muito maior de matriculados na área de Educação do que a média dos países mais desenvolvidos, representados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). São 19,4% dos matriculados no País, ante 9,9% na OCDE. Para Castro, o Brasil hoje recupera a falta de investimento nas últimas décadas. “A OCDE já forma pessoas em quantidade adequada. Já o Brasil não fez nos últimos 20 anos o que os países desenvolvidos fizeram no século 19.”
Já a participação de formandos em Humanidades e Artes no total de matrículas no Brasil (2,3%) é muito menor do que a da OCDE (11,4%). Para Castro, a formação na área é vista por muitos como “um luxo” em um momento em que há necessidades em setores estratégicos.
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