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Estudo: governos podem economizar bilhões com cidades mais ‘inteligentes’

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A união entre a Siemens, Regional Plan Association (RPA) e a consultoria Arup resultou em um estudo sobre infraestrutura urbana resiliente que provou a importância da tecnologia em casos de proteção contra desastres naturais.

Pode-se dizer que uma cidade resiliente é aquela que tem a capacidade de resistir, absorver e se recuperar de forma eficiente dos efeitos de um desastre e, de maneira organizada, prevenir que vidas e bens sejam perdidos.

O estudo aponta que um investimento correto em planejamento, investimento e ciclos regulares de manutenção pode ajudar a evitar maiores estragos em casos de desastres naturais, como aconteceu em Nova York durante a passagem do Furacão Sandy. Os danos causados por ele foram estimados em cerca de US$ 50 bilhões, um valor que poderia ser reduzido caso houvesse um plano relacionado a soluções resilientes na cidade.

Um bom exemplo de como essas soluções podem ser importantes em caso de emergências está no bairro do Bronx, onde um conjunto residencial com 14 mil apartamentos não sofreu com os cortes de energia da cidade de Nova York quando o Furacão Sandy atingiu a região. Os moradores continuaram com energia elétrica enquanto o restante da cidade estava apagado porque dispõe de uma rede elétrica independente.

“Não podemos evitar desastres naturais, mas com nosso conhecimento e nossas tecnologias, podemos proteger melhor nossas infraestruturas. Especialmente em tempos de dificuldade econômica, as cidades têm que investir de forma eficiente, ao mesmo tempo em que minimizam os riscos e os tornam possíveis de serem calculados. Infraestrutura resiliente não é uma opção, e sim uma necessidade. O resultado é uma cidade melhor protegida e ao mesmo tempo mais eficiente e confiável”, disse Roland Busch, Diretor-Presidente do Setor de Infraestrutura e Cidades da Siemens e membro da diretoria da Siemens AG, durante a apresentação dos resultados iniciais da pesquisa em Nova York.

É preciso evoluir positivamente frente a situações de crise e tentar ao máximo evitar que danos maiores sejam causados. Soluções como smart grids e software para automação ferroviária, gestão de tráfego, gestão de evacuação e sistemas de gestão técnica de imóveis contribuem para minimizar os impactos causados por desastres naturais, principalmente porque a automação inteligente de infraestruturas é um fator essencial de sucesso para que os sistemas se tornem mais flexíveis e fáceis de controlar e coordenar.

Sabemos que existem problemas graves que devem estar no topo da lista dos governos, mas, como diz a sabedoria popular, é melhor prevenir do que remediar. Investimentos em medidas de proteção contra ventanias, enchentes e em tecnologias para tornar as redes elétricas mais robustas e inteligentes, por exemplo, podem gerar uma economia futuramente, evitando que maiores danos sejam causados e precisem ser reparados.

Cidades resilientes no Brasil

No Brasil, a Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec), do Ministério da Integração Nacional, lançou em 2011 a campanha ‘Construindo Cidades Resilientes: Minha Cidade está se Preparando‘, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

O objetivo da ação é aumentar o grau de consciência e compromisso em torno das práticas de desenvolvimento sustentável, como forma de diminuir as vulnerabilidades e propiciar o bem estar e segurança dos cidadãos.

Entre as medidas estão: a criação de programas educativos e de capacitação em escolas e comunidades locais, o cumprimento de normas sobre construção e princípios para planejamento e uso do solo, o investimentos em implantação e manutenção de infraestrutura que evitem inundações e o estabelecimento de mecanismos de organização e coordenação de ações  com base na participação de comunidades e sociedade civil organizada.

(Fonte: Canaltech)

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