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Mulheres na Engenharia!

Dia 23 de Junho é comemorado o Dia das Mulheres na Engenharia. A data foi criada pela Woman’s Enginnering Society visando consolidar cada vez mais a presença das profissionais em ambientes que antes, era predominantemente masculinos.

Esse movimento aparentemente inofensivo reflete no aumento do ingresso de engenheiras no mercado de trabalho, isso porque desde estudantes, as mulheres se sentem apoiadas pelos grupos de apoio formado, e essa união, representatividade e empoderamento resulta na atração de mais mulheres para este cenário.  

Distribuição dos Engenheiros(as) por sexo. 2012-2017. Disponível em: http://www.senge-pr.org.br/noticia/engenheiras-recebem-o-equivalente-a-821-do-rendimento-dos-homens/

À primeira vista, por mais que a presença de engenheiras no mercado de trabalho esteja aumentando, ainda não é um número satisfatório. Por esse motivo, com finalidade de igualar esses números, as próprias empresas têm criado programas de equidade de gênero para entrada de mulheres em carreiras técnicas e assegurar um ambiente para desenvolvê-las. Entretanto, esse novo olhar pela perspectiva da indústria não é o único indicador de mudanças.

Pesquisas recentes apontam que as mulheres estão mais atentas às tendências do mercado de trabalho e às áreas que mais empregam, desse modo, a procura desse grupo em cursos de automação e mecatrônica, logística, tecnologia da informação e mineração aumentou segundo o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.

Agenda: na semana da mulher, programas dão bolsas para estudar TI
Foto: Gazeta do Povo

Sob o mesmo ponto de vista, outro fator que influencia intrinsecamente no aumento de mulheres na engenharia é o avanço da indústria 4.0 que quebra o pretexto da relação da indústria com a força física. Afinal das contas, devido a automação dos maquinários, operadores não tem os mesmos requisitos como antigamente quando o trabalho era mais “braçal”, consequentemente não limita o empregador a escolher colaboradores por sexo.

Com base ao exposto, para incentivar ainda mais essa corrente, separamos as mulheres inspiradoras que representam muito bem o genero na engenharia. Vem conferir!

Enedina Alves Marques, Engenheira Civil.

Enedina Alves Marques. Foto: Hypeness

Esta engenheira civil tem uma história inspiradora. Se graduou aos 32 anos, dividindo a vida de estudos com o trabalho de doméstica.

Enedina foi a primeira mulher negra a se formar em Engenharia no Brasil e colaborou com obras pelo país, como a Usina Capivari-Cachoeira, a maior central hidrelétrica subterrânea do sul do Brasil.

Enedina Alves Marques: conheça a história da primeira engenheira civil  negra do Brasil
Usina Capivari-Cachoeira.
Fonte: https://archtrends.com/blog/enedina-alves-marques/

A paranaense se formou em 1945 pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e até hoje é considerada uma figura de empoderamento não só na engenharia.

Ficou curiosa(o)? Clique aqui para saber mais sobre a história de Enedina.

Edith Clarke, Engenheira Eletricista.

Edith Clarke — o pioneirismo feminino na Engenharia Elétrica | by Luiz  Gustavo Soares Martins | Arco Elétrico | Medium
Edith Clarke. Foto: Energia Inteligente

Orfã aos 12 anos, Edith teve uma vida diferente das mulheres do século XX. Pela herança recebida dos pais, investiu nos estudos e se formou em 1908 como Bacharel em Matemática e Astronomia e após 3 anos de formada, ingressou no curso de Engenharia Civil. Porém, quando começou a trabalhar na American Telephone and Telegraph descobriu sua conexão com a eletricidade e em 1918 decidiu ingressar em Engenharia Elétrica no MIT (Massachusetts Institute of Technology).

Edith é referência pela sua colaboração em passagens de empresas como General Eletric, e pela “Calculadora Clarke” um dispositivo gráfico para resolução de equações que envolvem corrente elétrica, tensão e impedância em linhas de transmissão.

“Não há demanda por engenheiros de mulheres, como tal, como há para as mulheres médicas; Mas há sempre uma demanda por qualquer um que possa fazer um bom trabalho.”

Edith Clarke

Definitivamente Edith Clarke era uma mulher a frente do seu tempo.

Heather Naida, Engenheira Industrial.

Mulheres na indústria: entenda a importância de enaltecer a presença  feminina neste mercado | Raisa Produtos Eletrônicos
Heather Naida. Foto: Fluke Corporation

Heather além de Vice Presidente (Commercial Americas Sales) da Fluke Corporation, também já foi Vice Presidente da Johnson Controls (Connected Technologies)

Com uma ampla experiência de liderança em indústrias de produtos, liderança comercial de vendas, gestão geral, distribuição e operações, Heater Naida é bacharel em Engenharia Industrial pela Universidade de Michigan onde também fez seu MBA. É reconhecida por organizações líderes em start-up, turnaround e estabelecimento de estratégia de mercado que impulsionar o crescimento lucrativo.

Uma grande mulher para se inspirar, não é mesmo? A engenheira sabe bem dos desafios que as mulheres enfrentam, porém não acredita que só porque passou por esses desafios significa que próximos talentos passem também.

 “É nossa responsabilidade tornar mais fácil para futuros talentos alcançarem o sucesso e remover obstáculos onde pudermos”

Header Naida.

Em suma, esperamos entregar sempre aos nossos leitores as tendências de mercado e inspirações para suas carreiras. Se você gostou desse conteúdo, sugiro que leia também Além de ser mulher, decidiu ser Engenheira.

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