Muito provavelmente você pode ter pensado: Certo, tocou o sol e queimou completamente! Na verdade, não queimou e ainda vai “tocar” o Sol mais vezes antes de finalmente ter esse destino trágico.
Afinal, como uma sonda pode chegar perto do Sol e mesmo assim resistir a temperaturas inimagináveis por mais de uma vez? Vem comigo nesse artigo entender sobre essa sonda.
Missão
Inicialmente chamada Parker Solar Plus, a Sonda Parker Solar Probe teve seu nome alterado para homenagear Dr. Eugene Parker devido aos seus estudos sobre o fluxo de partículas emitidas pelas estrelas. A Sonda tem o objetivo de entender melhor o Sol e a maneira de como ele nos influencia diretamente aqui na Terra.
O lançamento da sonda aconteceu em Cabo Canaveral, na Florida no dia 12 de agosto de 2018, no veículo lançador Delta IV Heavy, projetado pela NASA com um custo total de 1,5 bilhão de dólares.
A Sonda Parker Solar Probe se tornou o primeiro equipamento feito pelo ser humano a passar pela corona solar a fim de estudar o funcionamento do campo magnético solar e também o processo energético nas partículas solares.
Ao voar pela atmosfera superior do Sol, chamada de corona solar, a sonda Parker Solar Probe foi considerada como o objeto que tocou o Sol. Diferentemente da Terra, o Sol não possui uma superfície sólida e sim uma atmosfera superaquecida feita de material associado ao Sol devido a gravidade e as forças magnéticas.
Trajetória
A Sonda Parker Solar Probe passou incialmente a cerca de 42,7 milhões de quilômetros, poucos meses após seu lançamento, já na parte final de sua jornada em 2025 a sonda poderá chegar a 6,2 milhões de quilômetros da superfície do Sol.
Por exemplo, o telescópio Espacial James Webb está a aproximadamente a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, no ponto de Lagrange L2. Para saber mais detalhes sobre como esse Telescópio James Webb vai ajudar a responder questões sobre o início do universo, confira nosso artigo.
Como dito no inicio, a sonda se aproximou do sol e ainda vai se aproximar ainda mais, no total serão cerca de 24 orbitas ao redor Sol, até que em 2025 entrará em rota de colisão com a nossa estrela, finalizando assim seus 7 anos de pesquisas e descobertas.
Instrumentos
Para que a Sonda realize suas descobertas, os instrumentos da Sonda precisam estar protegidos da alta temperatura que o Sol emite. Dessa forma, a sonda conta com um escudo térmico que protege de temperaturas próximas a 1370 °C, onde seus instrumentos operam a cerca de 30 °C.
A sonda conta com instrumentos essências para o estudo da nossa estrela. Sendo eles:
- Conjunto de instrumentos para captura de campos elétricos e magnéticos do sol.
- Instrumentos para medir partículas de diversas escalas de energia.
- Conjunto composto por duas câmeras para analisar a coroa e o vento solar.
- Instrumentos voltados ao estudo das propriedades do hélio como velocidade, temperatura e densidade.
Curiosidades
Além disso, para se aproximar cada vez mais do Sol, a sonda utiliza a gravidade do planeta Vênus para se mover e ajustar a direção progressivamente em direção ao Sol.
O objetivo da missão como dito é o estudo da nossa estrela, porém com sua proximidade a Vênus para utilizar sua orbita, foi possível captar imagens nunca vistas antes do segundo planeta do sistema solar.
Por fim, a exploração espacial ainda está no começo, entender como o Sol que está a milhares de quilômetros aqui da Terra nos influencia diretamente e é muito importante. Dessa maneira, essas descobertas cientificas nos permitem entender mais como a vida aqui na terra se desenvolveu.
Fontes: NASA, Space Today.