Certamente são poucas as vezes que você ouviu falar de aquicultura, até mesmo nunca ouviu falar e entrou nesse artigo porque achou o título chamativo ou é um fiel leitor do blog. Pois bem, nesse artigo de hoje você vai ver que é muito comum encontrar a aquicultura em seu dia a dia.
De forma resumida, aquicultura é o cultivo de organismo aquáticos. (Certamente você pensou em peixes), a resposta é sim e não. Isso porque, aquicultura não abrange apenas peixes, mas também o cultivo de outras modalidades. Um bom exemplo é o cultivo de macroalgas que normalmente, são realizados em áreas do infra litoral. No entanto, as macroalgas são um modelo de como é tão comum de “consumir” um produto proveniente da aquicultura de forma indireta.
Macroalgas
As macroalgas marinhas são divididas em 3 grupos distintos: Chlorophyta (algas verdes), Phaeophyta (algas pardas) e Rhodophyta (algas vermelhas).
O alginato é um produto de grande importância comercial, ele é extraído das algas pardas, das quais se extrai o ácido algínico ou alginato na forma de sais de sódio, potássio, cálcio e magnésio. Pode ser amplamente utilizado na indústria farmacêutica de forma inovadora, na indústria têxtil e de papel.
Por causa de suas propriedades, é utilizado como espessante, estabilizante de emulsões e espumas, agente encapsulante, gelificante, filmogénico e fibra sintética, fixador de perfumes, clarificador de vinhos, adesivos, entre outras capacidades.
Ágar-ágar
O ágar-ágar, como o alginato, é extraído das paredes celulares das algas vermelhas. Esta pasta transparente e viscosa é utilizada nas indústrias farmacêutica, alimentícia e laboratorial, e também é utilizada como gel emulsificante em: xampus, sabonetes, cremes, cápsulas de comprimidos, creme, gelatina, culturas bacterianas, restaurações dentárias, etc.
Por outro lado, o ágar-ágar também pode ser usado no campo da microbiologia para cultivar bactérias. Em resumo, o ágar pode ser usado para facilitar a germinação das plantas.
Alternativa na alimentação
Alguns países como Estados Unidos, Chile, Japão e China utilizam algas marinhas em seus hábitos alimentares devido ao seu alto potencial vitamínico e mineral. Eles utilizam em seus cardápios algas pardas e verdes.
Indústria farmacêutica
Na indústria do peixe, cerca de 100% da pele de peixe é exportada para a produção de artigos farmacêuticos. Isso acontece porque a pele de peixe é a quantidade de colágeno presente nela.
Portanto, a pele de tilápia é utilizada no tratamento de queimaduras na pele de segundo e terceiro graus. O procedimento envolve a criação de um tipo de camada de colágeno que acelera o crescimento celular e a produção de novas proteínas no local da queimadura.
Zebrafish
Outro ponto interessante a ressaltar é o uso do pequeno peixe que é muito usado no aquarismo que mede cerca de cinco centímetros que é conhecido como paulistinha, peixe-zebra, ou zebrafish, mas o seu nome cientifico é Danio rerio. Esses pequenos peixes ornamentais apresentam, semelhança genética com os mamíferos, inclusive com nós humanos.
Um estudo do genoma do peixe mostrou que 75% de seus 26.000 genes se assemelhavam a genes humanos. Maior do que o observado em camundongos, amplamente utilizado em pesquisas.
No Brasil, o Instituto Butantan utiliza dos pequenos organismos aquáticos para acelerar estudos. Durante a pandemia, se tornou uma alternativa o uso do zebrafish para testar segurança de vacinas contra a Covid-19.
A aquicultura é uma atividade milenar, mas a pesquisa começou a crescer há alguns anos, no entanto ao longo dos anos ainda há muito a ser descoberto e desenvolvido para beneficiar a sociedade de forma significativa.
Despertou curiosidade de assuntos relacionados a aquicultura e quer em seu Instagram? Clique aqui e confira!