O primeiro caso de covid-19 no mundo, ocorreu em Wuhan (China) no final do ano de 2019. Por ter sido o epicentro do vírus, sofreu um grande impacto inicialmente. A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla inglês) estimava que a demanda chinesa por petróleo seria de 1,8 milhão de barris por dia inferior à de 2019 no primeiro quadrimestre de 2020.
Com o isolamento do mundo, vários setores da economia foram afetados. Na indútria
petroleira o impacto não poderia ser diferente. Com as paradas de operação e pela interrupção no fornecimento de materiais, a demanda teve uma grande queda.
No fechamento do mercado internacional do petróleo, em março, o preço do barril do
petróleo caiu 30%, a maior queda desde a Guerra do Golfo Pérsico de 1991. A previsão para 2020 era de que a economia mundial crescesse 3%, mas segundo o balanço mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), essa estimativa caiu para 2,4% durante o início pandemia global (três primeiros meses).
A crise do petróleo atingiu o desempenho financeiro da britânica BP, a primeira grande
empresa a divulgar seu balanço do primeiro trimestre do ano de 2020. Os lucros da empresa despencaram 67% nos primeiros três meses de 2020 para US $ 800 milhões, mesmo o agravamento do coronavírus começando em meados de fevereiro.
A indústria do petróleo é uma das indústrias mais vulneráveis ao coronavírus. Principalmente no início da pandemia, as pessoas não enchiam os tanques de seus carros (ou pelo menos não os enchiam com tanta frequência), e os aviões da companhia aérea estavam estacionados.
Fechamento do ano 2020
De acordo com o site Poder 360 o barril do petróleo encerrou 2020 mais barato do que
começou. Os contratos do petróleo Brent (referência do Mar do Norte, na costa do Reino Unido) fecharam 31.dez.2020 em US$ 51,80, uma queda de 21,5% em comparação ao preço de 2019 (US$ 66,00). Já o petróleo dos Estados Unidos (WTI) concluiu as operações a US$ 48,52 o barril, redução de 20,5% em relação ao valor de referência do fim do ano passado (US$ 61,06).
Valores de combustíveis altos
Desde o início de 2021, o preço da gasolina por litro nas refinarias aumentou 34,78%, e
o preço do diesel aumentou 27,72%. Esse aumento de receita é repassado à população por meio de distribuidoras e postos de serviços. Só neste ano, a gasolina quadruplicou. Nos postos de gasolina, a gasolina é vendida a preços superiores a 5 reais.
O motivo de tantos aumentos nos preços dos combustíveis é a política de preços adotada pela Petrobras. Desde o golpe de 2016 e o impeachment da presidente Dilma, o governo Temer e agora o Bolsonaro passaram a adotar os preços internacionais do petróleo, ou seja, se o preço do petróleo estrangeiro subir, o preço do petróleo Brasil vai subir.
Análise Petróleo 2021
De acordo com a Petrobrás no 1T21, mantiveram um sólido desempenho operacional,
mesmo com o agravamento da pandemia da COVID-19 no Brasil. A produção média de óleo, LGN e gás natural no 1T21 foi de 2,77 MMboed, 3,1% acima do 4T20 devido à continuidade do ramp-up da plataforma P-70, instalada no campo de Atapu, e a menores perdas com paradas para manutenção em plataformas do présal. Quando comparado com o 1T20, a produção teve uma redução de 5% devido, principalmente, aos desinvestimentos concluídos ao longo de 2020 e início de 2021 e ao declínio natural de produção, que teve uma média de 11% nos projetos que já atingiram o seu pico de produção e entraram na fase de declínio.
A produção no pré-sal totalizou 1,90 MMboed no trimestre, representando 69% da produção total da Petrobras contra 63% registrados no 1T20. A produção nas plataformas do campo de Búzios aumentou 14%, devido, principalmente, à maior eficiência e à estabilização das unidades. Registramos, também, aumento da produção no campo de Tupi, devido ao término do ramp-up da P-67, e nos campos de Berbigão, Sururu e Atapu, com a continuidade do ramp-up das plataformas P-68 e P-70.
Fechamento do ano 2021
A Petrobras anunciou em 09 de fevereiro de 2022 que superou todas as metas de produção estabelecidas para 2021, estabelecendo diversos recordes, incluindo resultados na produção própria do pré-sal, com média anual de 1,95 milhão de barris de óleo equivalente, respondendo por 70% do total da empresa.
“Nossa produção no pré-sal vem crescendo rapidamente e o recorde registrado representa mais do que o dobro do volume que produzíamos nesta camada há cinco anos”
disse o diretor de Desenvolvimento da Produção, João Henrique Rittershaussen
A Petrobras também destacou um aumento de 8,5% nas vendas de derivados em 2021 em relação a 2020, com ênfase no aumento da comercialização de gasolina, diesel e querosene para aviação, principalmente devido ao forte impacto das vendas de derivado da pandemia do novo coronavírus em 2020, além da menor importação de gasolina e diesel por terceiros entre os períodos, resultando em aumento da participação da companhia no mercado.
Outro derivado que contribui para o crescimento das vendas totais é o óleo combustível, que aumentou em 2021 em relação ao ano anterior, devido ao aumento da demanda para uso em térmicas.
A Petrobras também bateu recordes anuais de vendas e produção de diesel S-10 em 2021, proporcionando melhores resultados ambientais e econômicos para os usuários. As vendas de diesel S-10 aumentaram 34,7% e a produção aumentou 10%.