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Petrobras inova com navio-plataforma que reduz pela metade emissões de Marlim em Campos

O novo FPSO Anita Garibaldi está em fase de finalização no Estaleiro Jurong Aracruz, no Espírito Santo, e se prepara para entrar em operação no segundo semestre deste ano. A plataforma faz parte do Projeto de Revitalização dos Campos de Marlim e Voador, com a unidade flutuante Anna Nery, e será essencial para o futuro da exploração de óleo e gás no território brasileiro.

Eng Eduardo Cavalcanti visita FPSO Anita Garibaldi - Blog da Engenharia2
Eng Eduardo Cavalcanti entrando no FSPO Anita Garibaldi | Foto: Blog da Engenharia

O time do Blog da Engenharia teve a oportunidade de visitar a FPSO Anita Garibaldi, representado pelo Eng. Eduardo Cavalcanti e pelo colunista Felipe Santana. Durante a visita, foi possível conferir de perto como funciona a produção de petróleo e gás em alto mar, além de conhecer os equipamentos e tecnologias utilizados na unidade. A equipe pôde ver de perto a complexidade do processo de produção, desde a extração até o armazenamento e escoamento do petróleo.

Novo FPSO com capacidade para produzir até 80 mil barris de petróleo por dia

O FPSO Anita Garibaldi tem capacidade de produção diária de até 80 mil barris de petróleo (bpd) e pode processar até 7 milhões de m³ de gás/dia. A unidade será interligada a 43 poços, com pico de produção previsto para 2026, e produzirá óleo dos reservatórios de pós-sal de Marlim e Voador e do reservatório de pré-sal de Brava.

FSPO Anita Garibaldi | Foto: Blog da Engenharia

Campanha de revitalização do Campo de Marlim é estratégica para a Petrobras

A campanha de revitalização do Campo de Marlim será essencial para o futuro da Petrobras no mercado da Bacia de Campos, segundo o presidente da estatal, Jean Paul Prates. Marlim é um ícone dos campos gigantes do pós-sal e a finalização da obra do navio plataforma Anita Garibaldi reitera ainda mais o protagonismo conferido pela Petrobras ao ativo e a outros projetos da Bacia de Campos.

FSPO Anita Garibaldi | Foto: Blog da Engenharia

A revitalização de Marlim e Voador, juntamente com a entrada em operação das novas plataformas, faz parte do Plano de Renovação da Bacia de Campos, voltado para a revitalização de ativos maduros operados pela companhia na região. O projeto prevê a substituição de 10 plataformas por duas, com capacidade de produzir em conjunto até 150 mil barris por dia (bpd).

Petrobras busca aumentar produção e reduzir custos

A visita do Blog da Engenharia, representado pelo Eng. Eduardo Cavalcanti, à plataforma Anita Garibaldi, reforça a importância do projeto de revitalização do Campo de Marlim para as operações futuras da Petrobras. A companhia busca aumentar sua produção e reduzir custos com a substituição das antigas plataformas por novas unidades mais eficientes.

Além disso, o Plano Estratégico 2023 – 2027 prevê a entrada em operação de 36 poços na região do Espírito Santo, onde está localizado o Estaleiro Jurong Aracruz. A perfuração de cinco poços exploratórios, a aquisição de dados de reservatório e o início de produção do FPSO Maria Quitéria no projeto integrado do Parque das Baleias, em 2024, também fazem parte do plano.

Eng. Eduardo Cavalcanti do Blog da Engenharia em visita no FSPO Anita Garibaldi | Foto: Blog da Engenharia
Eng. Eduardo Cavalcanti do Blog da Engenharia em visita no FSPO Anita Garibaldi | Foto: Blog da Engenharia

Com a previsão de início das operações do FPSO Anita Garibaldi no Campo de Marlim, a Petrobras está cada vez mais próxima da campanha de revitalização da Bacia de Campos e da consolidação de sua posição no mercado de óleo e gás brasileiro.

Ação Importante em Tempos de Mudanças Climáticas

A iniciativa da Petrobras é importante em um momento em que as mudanças climáticas têm se tornado cada vez mais urgentes. A empresa, que já foi alvo de críticas por suas atividades que impactam o meio ambiente, tem se esforçado para reduzir suas emissões e adotar práticas mais sustentáveis em suas operações.

Felipe Santana e Eduardo Cavalcanti, ambos representando o Blog da Engenharia na visita ao FPSO Anita Garibaldi
Felipe Santana e Eduardo Cavalcanti, ambos representando o Blog da Engenharia na visita ao FPSO Anita Garibaldi | Foto: Blog da Engenharia

Eng. Eduardo Cavalcanti e Felipe Santana, ambos do Blog da Engenharia, estiveram na plataforma pouco antes de sua partida e puderam constatar de perto os avanços tecnológicos e a eficiência energética da nova unidade. “É muito importante para o Brasil e para o mundo que a Petrobras esteja investindo em tecnologia e inovação, sempre buscando reduzir suas emissões de gases de efeito estufa e aumentar sua produção de forma sustentável“, afirmou Eduardo Cavalcanti.

Impacto Ambiental Reduzido

Uma das principais vantagens do novo navio-plataforma é a sua capacidade de reduzir em até 50% as emissões de gases de efeito estufa na produção de petróleo em Marlim, um importante campo de petróleo localizado na Bacia de Campos. O gerente de unidades afretadas na fase de projeto da Petrobras, Carlos Romeiro, destaca que a substituição das antigas plataformas é uma ação importante para reduzir a emissão de gases poluentes.

Com as novas unidades, a expectativa é de que a produção da Bacia de Campos alcance até 900 mil barris de óleo equivalente por dia em 2027, o triplo do que seria possível sem a modernização das plataformas. Além disso, a plataforma Anita Garibaldi, juntamente com a plataforma Ana Nery, também interligada em Marlim, irá produzir 150 mil barris de petróleo por dia a partir do segundo semestre deste ano.

Como funciona a produção de petróleo

A produção de petróleo inicia-se com a prospecção, que é a busca por reservas de petróleo no subsolo. Essa etapa é realizada por meio de técnicas de geologia e geofísica, que permitem identificar a presença de petróleo em camadas profundas da terra. Após a descoberta, é necessário realizar a perfuração dos poços de petróleo, que podem ter milhares de metros de profundidade.

Uma vez que o petróleo é extraído do poço, ele passa por uma série de processos para separar os componentes líquidos e gasosos e remover impurezas. Em seguida, o petróleo é transportado para refinarias, onde é processado para produção de combustíveis e outros derivados.

A importância da FPSO na produção de petróleo

A FPSO (Floating Production Storage and Offloading) é uma unidade flutuante que desempenha um papel crucial na produção de petróleo em alto mar. Ela é projetada para armazenar, processar e transferir petróleo e gás natural produzidos por plataformas de petróleo para navios petroleiros. A FPSO é uma solução flexível e econômica para produção em áreas remotas ou profundas, onde a construção de uma plataforma fixa pode não ser viável.

A FPSO é uma estrutura complexa que pode abrigar desde sistemas de produção e armazenamento até alojamentos para a equipe de operação. Ela é equipada com equipamentos de separação de água e óleo, compressores, geradores elétricos e outras unidades para processamento e tratamento do petróleo. Além disso, a FPSO pode ser conectada a poços de petróleo por meio de dutos submarinos ou por meio de navios-tanque que transferem o produto para armazenamento e posterior transporte.

Em resumo, a FPSO é uma peça fundamental na cadeia de produção de petróleo em alto mar, permitindo que plataformas remotas possam produzir e transportar o petróleo de forma eficiente e econômica.

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