Antes de tudo, vocês já ouviram falar dos vapers? Aqueles cigarros eletrônicos. Constantemente, vemos pessoas utilizando esses equipamentos por moda, ou, ainda, em substituição aos cigarros convencionais, acreditando que estes o ajudarão a aliviar o estresse sem pôr em risco sua saúde, seja a dependência química, ou outras doenças como o câncer.
Inclusive, sites de venda e fornecedores defendem que esses cigarros não causam dependência e são menos nocivos à saúde. Contudo, não querendo estragar prazeres, você está fazendo tudo errado!
Isso mesmo! Os vapers podem ser piores que os cigarros tradicionais. Isso quer dizer, vocês continuam se matando, e ainda mais rápido. Se interessou? Venha comigo que vou te explicar.
Composição química e-juice
Inicialmente, vamos fazer uma análise química desses líquidos que são utilizados nos vapers, e, também uma comparação com os cigarros tradicionais.
Primeiramente, esses líquidos CONTÉM nicotina. Incluindo aqueles que dizem ser livres dessa substância, as possuem. Mesmo que em quantidades bem pequenas. E adivinhem qual é um dos componentes do cigarro?
Um outro componente químico encontrado nesses e-juices é o propileno glicol. Estranho o nome né? Esse composto é o responsável pela geração da fumaça quando se utiliza o cigarro eletrônico.
E olha que interessante! Esse composto também é encontrado nos cigarros tradicionais. E sabem qual é o problema desse composto? Ao reagir, o propileno glicol gera diversos outros compostos que auxiliam a criação da dependência química ao usuário devido a nicotina.
Por fim, diversas outras substâncias podem ser encontradas nesses tipos de líquidos como o acetaldeído, e formaldeído, acroleína, dietileno glicol e outra gama de compostos. Por exemplo, vamos ver alguns compostos e algumas doenças relacionadas segundo A agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC):
O formaldeído em temperatura ambiente é um gás incolor e evapora com muita facilidade. Além disso, por ser muito reativo, forma diversas outras substâncias muito rapidamente. Sua classificação encontra-se no grupo dos carcinogênicos
Analogamente, o acetaldeído é um líquido incolor e possui ponto de ebulição à temperatura ambiente. Ao utilizarmos os vapers, aquecemos o produto e este composto químico é decomposto em monóxido e dióxido de carbono e fumaça acre. Posteriormente, quando inalado, o composto age no nosso SNC causando narcose, acúmulo de líquido no pulmão, dentre outras doenças. Ah, e pode ocasionar uma parada respiratória levando a óbito.
Composição dos vapers
Nesse instante, vamos nos ater aos componentes do próprio vaper. Sendo mais específico, vamos tratar parte de seu funcionamento e mostrarmos o que acontece com seus componentes, lógico, em uma abordagem química.
Primeiramente, para que as pessoas possam fumar seus vapers, são inseridas baterias para ligar o equipamento. O equipamento ligado, é produzido por uma corrente elétrica que, ao passar pela resistência, dissipa parte de sua energia em forma de calor. Como resultado, temos o aquecimento da substância líquida. E onde eu quero chegar?
Normalmente, essas resistências contém em sua composição alguns elementos químicos, tais como, níquel, cádmio, estanho e chumbo.
Contudo, esses são alguns metais pesados, que, ao serem aquecidos, se desprendem da resistência e seguem juntamente com o líquido e é inalado pelo usuário. Em suma, já ouviram falar de intoxicação por metais pesados, não!?
Consideração final
Enfim, aquilo que todos achavam que era para o bem, na verdade só causa mal. Os vapers também foram criados para gerar dependência química pelo o usuário e pode fazer tão mal quanto aos cigarros convencionais. Não acreditam em mim, não é mesmo?
Sendo assim, quando forem adquirir seus vapers, solicitem a composição das substâncias e façam um comparativo do que foi dito neste artigo. Não se enganem! A química não mente.